Publicado em: 13/11/2024 às 18:00hs
O Brasil registrou, entre janeiro e setembro de 2024, um aumento de 10,9% nas áreas tratadas com defensivos agrícolas em comparação com o mesmo período do ano anterior, totalizando mais de 1 bilhão de hectares. A pesquisa, encomendada pelo Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Defesa Vegetal (Sindiveg) à Kynetec Brasil, destaca que os cultivos de soja, milho e algodão foram os principais responsáveis por esse crescimento.
O estudo indica que o volume de defensivos usados no combate a pragas, doenças e plantas invasoras cresceu 10,3% em relação a 2023. Dentre os produtos aplicados, os herbicidas representaram 45%, seguidos pelos inseticidas (26%), fungicidas (20%), tratamentos de sementes (1%) e outros defensivos (9%).
A metodologia Produto por Área Tratada (PAT) foi utilizada para calcular esses dados, considerando o manejo adotado por área, o número de aplicações e as misturas utilizadas para controle de pragas e doenças. Nos nove primeiros meses de 2024, a área PAT dividiu-se entre soja (35%), milho (27%), algodão (12%), pastagem (6%), cana (5%), trigo (4%), feijão (3%), citros (2%), hortifruti (1%), café (1%), arroz (1%) e outros (3%).
Apesar da expansão na área tratada, o valor de mercado dos defensivos agrícolas totalizou US$ 11 bilhões, uma queda de 4,7% em relação ao mesmo período de 2023, que foi de US$ 12,3 bilhões. Regionalmente, o consumo concentrou-se em Mato Grosso e Rondônia (29%), seguido por São Paulo e Minas Gerais (19%), BAMATOPIPA (14%), Paraná (10%), Rio Grande do Sul e Santa Catarina (9%), Mato Grosso do Sul (8%), Goiânia e Distrito Federal (8%) e outros estados (3%).
Esse aumento na área tratada se deve à maior infestação de pragas, doenças e plantas invasoras, especialmente com a presença de cigarrinhas (no milho), mosca branca e lagartas (soja, milho e algodão) e o bicudo (algodão).
Para o ciclo 2024/2025, espera-se um crescimento de 6% na área tratada com defensivos, alcançando mais de 2 bilhões de hectares. A distribuição esperada é de 55% para soja, 17% para milho, 8% para algodão, 5% para pastagem, 4% para cana, 3% para trigo, 2% para feijão e hortifruti, 1% para café, citros e arroz, além de 1% para outras culturas.
A pesquisa também aponta que a área tratada com defensivos na soja deve crescer 7%, com destaque para o controle de percevejos (4,7%), lagartas (14,3%) e uso de fungicidas protetores (19,4%). O milho, por sua vez, deverá registrar um aumento de 4%, principalmente no manejo de lagartas (10,2%) e cigarrinhas (5,4%) na segunda safra (safrinha), além do uso de fungicidas foliares (3,8%) e atrazina/terbutilazina (1,5%). Já o algodão deve ter expansão de 6,6%, com atenção ao tratamento do bicudo (1,2%), pulgão (24,1%), fungicidas premium (3,9%) e acaricidas (16,1%).
A pesquisa reforça o aumento da necessidade de defensivos agrícolas para garantir a produtividade das principais culturas agrícolas do Brasil, apesar das variações no valor de mercado.
Fonte: Portal do Agronegócio
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