Agrotóxicos e Defensivos

Setor Químico: EUA Crescem, Enquanto Europa Perde Competitividade

Mudanças nas fontes de energia e o aumento dos custos impactam a competitividade do setor na Europa, destacando a superioridade dos Estados Unidos


Publicado em: 21/11/2024 às 11:50hs

Setor Químico: EUA Crescem, Enquanto Europa Perde Competitividade

As previsões para o setor químico nas próximas décadas indicam um crescimento significativamente mais expressivo nos Estados Unidos em comparação com a Europa, aponta a seguradora Crédito y Caución. A principal razão para essa disparidade reside nas profundas mudanças nas fontes de energia da União Europeia, que vêm ampliando o fosso competitivo entre as duas regiões no setor.

Nos últimos anos, a Europa tem enfrentado uma drástica redução nas importações de gás russo, que representavam 40% do total importado em 2021 e caíram para apenas 8% em 2023. Enquanto isso, os Estados Unidos mantêm um fornecimento estável e competitivo de gás natural, o que confere à sua indústria química uma vantagem significativa. Em contraste, a União Europeia depende cada vez mais do gás natural liquefeito (GNL), um insumo mais caro e sujeito a flutuações de preço. Esse GNL é importado de múltiplos fornecedores, como os EUA, Noruega, Norte da África, Catar e Reino Unido, o que coloca a indústria química europeia em uma posição menos favorável.

Além disso, a Crédito y Caución aponta a perda de competitividade da Europa em setores-chave, como a produção de fertilizantes e amoníaco, devido ao aumento dos custos de energia. Esses custos elevados afetam tanto a produção de produtos químicos básicos quanto as versões mais especializadas desses materiais. Outro fator que contribui para essa situação é o uso predominante de nafta na Europa e na Ásia para a produção química, um processo que coloca a região em desvantagem em relação aos Estados Unidos, que se beneficiam de fontes de energia mais acessíveis e eficientes.

Com isso, a tendência é que o setor químico dos Estados Unidos continue a prosperar devido a uma estrutura energética mais competitiva, enquanto a União Europeia enfrentará desafios para manter sua competitividade no longo prazo.

Fonte: Portal do Agronegócio

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