Publicado em: 24/02/2025 às 17:00hs
O Brasil registrou um aumento de 9,2% na área tratada com defensivos agrícolas entre janeiro e dezembro de 2024, totalizando mais de 2 bilhões de hectares. A informação foi revelada por uma pesquisa realizada pela Kynetec Brasil a pedido do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Defesa Vegetal (Sindiveg). O estudo aponta a soja como a principal cultura responsável por esse crescimento.
O volume total de defensivos agrícolas utilizados para controle de pragas, doenças e plantas daninhas apresentou alta de 8,5% em comparação a 2023. A distribuição desse total ficou concentrada em herbicidas (45%), inseticidas (23%), fungicidas (23%), tratamentos de sementes (1%) e outros produtos (8%). Os segmentos que mais cresceram foram inseticidas (+17%) e fungicidas (+15%).
Para análise dos dados, foi utilizada a métrica PAT (Potencial de Área Tratada), que considera o número de aplicações e produtos utilizados no controle de diferentes ameaças às lavouras. A área tratada está distribuída entre soja (56%), milho (16%), algodão (8%), pastagem (5%), cana-de-açúcar (4%), trigo (3%), feijão (2%), hortifruti (2%), citros (1%), café (1%), arroz (1%) e outras culturas (2%).
Apesar do crescimento na área tratada, o valor de mercado dos defensivos agrícolas atingiu US$ 18 bilhões em 2024, uma redução de 10,3% em relação ao ano anterior, quando totalizou US$ 21 bilhões.
O valor de mercado dos defensivos agrícolas se concentrou principalmente nos estados de Mato Grosso e Rondônia (28%), seguidos por São Paulo e Minas Gerais (18%), BAMATOPIPA (15%), Rio Grande do Sul e Santa Catarina (11%), Paraná (10%), Mato Grosso do Sul (8%), Goiânia e Distrito Federal (8%) e outras regiões (3%). O crescimento no uso desses produtos foi impulsionado pelo aumento da infestação de pragas como lagartas, cigarrinhas e mosca branca.
Para a safra 2024/2025, a projeção é de um novo crescimento na área tratada com defensivos agrícolas, com alta estimada de 6%. O volume tratado deverá se manter acima de 2 bilhões de hectares, com a seguinte distribuição: soja (55%), milho (17%), algodão (8%), pastagem (5%), cana-de-açúcar (4%), trigo (3%), feijão (2%), hortifruti (2%), café (1%), citros (1%), arroz (1%) e outros (1%).
Na cultura da soja, principal responsável pelo avanço, a área tratada deve registrar um crescimento de 7%, com destaque para o combate a percevejos (+4,9%) e lagartas (+14,6%).
Fonte: Portal do Agronegócio
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