Publicado em: 12/08/2024 às 10:10hs
O Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF) atingiu 1,11 em julho de 2024, refletindo um cenário misto com a queda nos preços das commodities e o aumento em alguns fertilizantes. Apesar dos atrasos nas compras, as expectativas para a segunda safra de milho e algodão permanecem positivas, com a previsão de uma recuperação nos próximos meses para evitar acúmulos logísticos no final do ano.
Os preços das commodities apresentaram uma redução de 4,6% para o milho e 2,15% para a soja em comparação a junho. Em contraste, os preços dos fertilizantes subiram cerca de 3% no período. Destaca-se um aumento de 6% no superfosfato simples (SSP), 5% no fosfato monoamônico (MAP) e 1% na ureia, enquanto o cloreto de potássio (KCl) permaneceu estável.
A safra americana continua com boas perspectivas, corroboradas pelos dados mais recentes do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). No Brasil e na América do Sul, os indicadores também são positivos, com ajustes na produção e produtividade, especialmente na segunda safra brasileira. Esse panorama pressiona os preços da soja e do milho, com alguns picos positivos em julho no mercado interno, impulsionados pelo aumento do dólar. O câmbio variou cerca de 2% no período, influenciado pela inflação brasileira e pela incerteza global, incluindo as eleições norte-americanas e tensões geopolíticas.
O mercado continua atento ao desenvolvimento da safra nos Estados Unidos, às negociações e intenções de plantio para a próxima safra brasileira, além da colheita da segunda safra, que está se aproximando do final e apresentou números surpreendentes em algumas regiões. É crucial monitorar também as previsões climáticas para o início de setembro, que determinarão as condições para as próximas safras.
Divulgado mensalmente pela Mosaic, o IPCF avalia a relação entre os preços dos fertilizantes e das commodities agrícolas, com base no ano de 2017. Um índice menor indica uma relação de troca mais favorável. O cálculo considera as principais lavouras brasileiras: soja, milho, açúcar, etanol e algodão.
Os preços dos fertilizantes são obtidos através da CRU, consultoria internacional, enquanto os preços das commodities são calculados pela média do mercado brasileiro, em dólar, conforme as publicações da Agência Estado e CEPEA. O índice inclui os valores de MAP, SSP, ureia e KCL, ponderados pelo uso no país, e os preços das commodities, ponderados pelo consumo de fertilizantes. Além disso, o índice é ajustado pelo câmbio, com pesos de 70% para os fertilizantes (custo) e 85% para as commodities (receita).
Dados referentes a julho de 2024.
Fonte: Portal do Agronegócio
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