Adubos e Fertilizantes

Adubação Sustentável em Pastagens: Solução para Reduzir Emissão de Gases de Efeito Estufa

Tecnologia avançada e pesquisas inovadoras impulsionam pecuária com menor impacto ambiental


Publicado em: 19/11/2024 às 12:30hs

Adubação Sustentável em Pastagens: Solução para Reduzir Emissão de Gases de Efeito Estufa

Entre os principais gases de efeito estufa (GEE) estão o dióxido de carbono (CO₂), o metano (CH₄) e o óxido nitroso (N₂O). Segundo o relatório anual divulgado pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), agência da Organização das Nações Unidas (ONU), no final de outubro, os níveis desses gases atingiram recordes de concentração atmosférica em 2023, aumentando o alerta sobre o aquecimento global. A agropecuária, setor que contribui com parte das emissões, agora apresenta avanços para uma atuação mais sustentável, como mostra uma pesquisa realizada pela Mosaic em parceria com a consultoria Delta CO₂, em Piracicaba (SP). O estudo utilizou metodologia oficial do Painel Intergovernamental para a Mudança do Clima (IPCC) e apresentou resultados promissores.

Na pecuária, um dos principais focos de emissão de CO₂ são as pastagens degradadas, áreas que perderam cobertura vegetal e matéria orgânica. Com a recuperação dessas áreas, é possível reverter o processo, promovendo o sequestro de carbono no solo. Além disso, o uso de fertilizantes de alta tecnologia para adubação melhora a saúde do solo, aumenta a produção de forragem e torna a produção bovina mais viável sem comprometer práticas sustentáveis. A aplicação de fertilizantes nitrogenados é uma prática comum e necessária, visto que o nitrogênio (N) é essencial para a produtividade e qualidade das pastagens.

Para avaliar as emissões de CO₂, N₂O e CH₄, bem como as perdas de amônia (NH₄) por volatilização, a Mosaic realizou um estudo com o fertilizante MPasto Nitro, que possui alta concentração de nitrogênio estabilizado com inibidor de urease. O estudo revelou que, ao longo do ciclo das pastagens, houve uma redução de 30% nas emissões de gases de efeito estufa. Diversos estudos da Mosaic também indicam que essa prática resulta em maior produtividade e contribui para um maior sequestro de carbono atmosférico.

"Esses resultados são bastante expressivos para a evolução da agropecuária rumo a práticas mais sustentáveis. O óxido nitroso, por exemplo, é um dos principais responsáveis pela degradação da camada de ozônio, sendo emitido por várias fontes, incluindo fertilizantes. Por isso, temos investido em tecnologia para reduzir essas emissões", explica Sabrina Coneglian, gerente de Pecuária da Mosaic. No caso específico do óxido nitroso, a pesquisa indicou uma redução de 35% na emissão nas áreas onde o MPasto Nitro foi utilizado, comparado a fertilizantes convencionais. Em relação à volatilização de amônia, o estudo mostrou que o MPasto Nitro reduz as perdas em 30% em comparação com a ureia convencional e outros fertilizantes com inibidores de urease.

A época mais indicada para aplicação de fertilizante nitrogenado em pastagens no Brasil é o período das chuvas, de outubro a março. O ajuste de dosagem é fundamental para evitar excessos ou deficiências, levando em conta as necessidades de cada tipo de planta e as condições do solo. Normalmente, o nitrogênio é aplicado em várias fases do ciclo da planta, desde a semeadura até as coberturas adicionais para minimizar perdas. Antes da aplicação de fertilizantes, a análise do solo é essencial para diagnosticar a área, identificar nutrientes presentes e determinar suas quantidades ideais.

Fonte: Portal do Agronegócio

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