Publicado em: 30/11/2012 às 15:30hs
Produtores de Mato Grosso estão proibidos de plantar algodão até hoje sexta-feira (30) devido ao vazio sanitário para a cultura, que iniciou no último dia 1º de novembro. De acordo com o Instituto de Defesa Agropecuária do Estado (Indea-MT), deverão ser fiscalizadas 470 propriedades espalhados nos municípios mato-grossenses.
"Como não temos tantas propriedades de algodão, como as de soja, a fiscalização fica mais fácil. Pretendemos atingir 100% das propriedades", afirmou o coordenador de Defesa Vegetal do Indea, Ronaldo Medeiros.
O objetivo de restringir por este período o plantio de algodão é evitar a ocorrência da praga denominada Anthonomus Grandis, boheman, mais conhecida com "Bicudo do Algodoeiro". A proibição da semeadura do algodão tem caráter preventivo, como explica o gestor do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Daniel Latorraca.
"É mais um descanso para o solo, evitar qualquer tipo de contaminação de pragas e bloquear os ciclos de desenvolvimento de pragas. O período foi criado e é respeitado até hoje. O bicudo não traz boas lembranças para os agricultores", observou Latorraca.
O produtor que infringir a Lei e não eliminar as soqueiras de algodão será penalizado com 30 Unidades de Padrão Fiscal (UPF) e mais dois UPF por hectare não destruído. Uma UPF em Mato Grosso corresponde a R$ 46,27. O Indea deve divulgar o balanço de todo o período proibitivo no dia 15 de dezembro.
"Vamos supor que um produtor tenha uma área de 100 hectares e não eliminou as plantas, ele vai pagar 200 UPF, por causa do área mais os 30 UPF", explicou Ronaldo Medeiros.
Mato Grosso do Sul
Já em Mato Grosso do Sul o vazio sanitário para o algodão - também iniciado nesta segunda-feira- segue até 1º de dezembro. A restrição ao plantio da cultura foi determinada por uma resolução da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo (Seprotur).
A restrição ao plantio será aplicada em 12 municípios do estado: Água Clara, Alcinópolis, Camapuã, Cassilândia, Chapadão do Sul, Costa Rica, Coxim, Figueirão, Pedro Gomes, Rio Verde, São Gabriel do Oeste e Sonora.
Fonte: Agrodebate
◄ Leia outras notícias