Soja

Soja transgênica ocupa 70% da ára em Mato Grosso

A soja transgênica ocupa 70% das lavouras mato-grossenses nesta safra, evolução de 13% em relação a safra anterior


Publicado em: 17/02/2012 às 15:50hs

Soja transgênica ocupa 70% da ára em Mato Grosso

Isso representa aumento de 1,235 milhão de hectares plantados com sementes geneticamente modificadas, o que pode render 3,791 milhões de toneladas a mais do grão transgênico. No ano passado, 3,654 milhões (57%) de hectares foram cobertos por variedades de soja transgênica, do total de 6,412 milhões (ha) plantados.

Este ano, conforme levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), houve incremento de 8,9% na área plantada, totalizando 6,985 milhões (ha), dos quais 4,889 milhões (ha) preenchidos com soja transgênica. Com produtividade média de 3,174 mil quilos por hectare, estimativa é que a colheita seja encerrada com 22,162 milhões de toneladas, sendo 15,513 milhões (t) de grãos transgênicos, obedecendo a mesma proporção.

Avanço da biotecnologia nas lavouras mato-grossenses é explicado pela melhor tolerância às pragas, demandando menos aplicação de herbicidas do que as variedades convencionais, afetando menos o meio ambiente e facilitando o gerenciamento das plantações, explicam analistas do Imea. Além disso, com exceção dos países europeus, os demais não fazem distinção entre a variedade convencional e transgênica.

No caso do milho, a diferenciação entre uma opção ou outra não é feita pelo mercado, mas, conforme o Imea, o custo das sementes de alta tecnologia é 146,66% maior e garante produtividade 25% superior às sementes de média tecnologia. No primeiro caso, o preço médio é de R$ 328,70 por hectare, permitindo 100 sacas (ha), enquanto a segunda opção custa R$ 156,42 (ha), rendendo em média 80 sacas (ha). Neste ano, previsão é que a produção de milho aumente 40,2% no Estado, garantindo 9,803 milhões (t). Incremento está relacionado à expansão de 25,8% da área plantada, que deve alcançar 2,203 milhões (ha) nesta safra mato-grossense.

Produtor em uma das regiões que mais utilizam variedade transgênica no Estado, Osvaldo Luiz Pasqualotto, revela que plantou 5 mil hectares em Rondonópolis com sementes transgênicas nas duas últimas safras de soja. Para a 2ª safra do milho, pretende plantar 3,5 mil (ha), utilizando também sementes com maior tecnologia. “No caso do milho, tem um custo mais caro, mas compensa na produtividade”. Pasqualotto diz que chega a colher 140 sacas por hectare.

Quanto à uniformização da soja transgênica nos campos do Sul do Estado, explica que a expansão é favorecida pelo mercado ao qual é destinada, em especial para a China. Escoamento é feito pelo porto de Paranaguá, no Paraná. Por outro lado, na região de Campos de Júlio e Sapezal, as variedades transgênicas ainda são menos utilizadas que em outras localidades do Estado, já que o maior volume da produção atende o mercado europeu.

Fonte: A Gazeta

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