Publicado em: 13/03/2025 às 10:15hs
Os preços da soja devem registrar uma leve alta no mercado brasileiro nesta quinta-feira, impulsionados pela tendência observada na Bolsa de Chicago e pelo comportamento do dólar. Apesar dessa movimentação, a comercialização permanece lenta, com produtores cautelosos e uma expectativa de melhores cotações para as próximas semanas. Esse cenário tem contribuído para a retração nas vendas, embora a presença de compradores no mercado seja notável.
Na quarta-feira, os preços da soja continuaram firmes no mercado interno, mas com poucas transações realizadas. Embora a Bolsa de Chicago tenha registrado queda e os prêmios tenham recuado, a indústria manteve as ofertas elevadas. Entretanto, os produtores seguem resistentes, aguardando uma valorização mais expressiva nas cotações, o que resultou em um ritmo de comercialização mais cadenciado. Na semana passada, a movimentação foi mais intensa, mas, de maneira geral, os preços apresentaram uma tendência negativa, enquanto as ofertas de compra da indústria ajudaram a sustentar a firmeza dos valores.
No Rio Grande do Sul, em Passo Fundo, a cotação da soja passou de R$ 128,00 para R$ 127,00 por saca de 60 quilos. Na região das Missões, o preço caiu de R$ 129,00 para R$ 128,00. No Porto de Rio Grande, a saca foi comercializada a R$ 133,50, ante R$ 135,00 anteriormente. Em Cascavel, Paraná, a saca registrou uma valorização, subindo de R$ 127,00 para R$ 128,00, enquanto no Porto de Paranaguá o valor recuou de R$ 135,00 para R$ 133,00.
No Centro-Oeste, em Rondonópolis (MT), o preço da soja caiu de R$ 115,00 para R$ 114,00 a saca, enquanto em Dourados (MS) o valor diminuiu de R$ 119,00 para R$ 117,00. Em Rio Verde (GO), a saca foi comercializada a R$ 111,00, ante R$ 113,00 anteriormente.
Os contratos futuros de soja com vencimento em maio apresentaram uma valorização de 0,99%, sendo cotados a US$ 10,10 1/2 por bushel, com o mercado tentando uma recuperação técnica após cinco sessões de queda.
Enquanto isso, o mercado financeiro internacional continua atento às tarifas adicionais impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que começaram a vigorar na quarta-feira, afetando todas as importações de aço e alumínio para o país. A medida é parte da estratégia dos EUA de reestruturar o comércio global a seu favor, o que já gerou retaliações rápidas por parte de Canadá e Europa.
Em relação ao câmbio, o dólar comercial apresentou alta de 0,18%, cotado a R$ 5,8198, enquanto o índice DXY subiu 0,22%, atingindo 103,84 pontos.
Os mercados internacionais apresentaram desempenho misto. As principais bolsas da Ásia fecharam em baixa, com Xangai registrando queda de 0,39% e Tóquio de 0,08%. Na Europa, os índices operam de forma mista, com Paris apresentando alta de 0,02%, Frankfurt com queda de 0,44% e Londres subindo 0,04%. O mercado de petróleo também registrou perdas, com o WTI para abril operando a US$ 67,28 por barril, uma queda de 0,60%.
Fonte: Portal do Agronegócio
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