Nesta quinta-feira (17), os preços da soja na Bolsa de Chicago registraram nova queda, pressionando ainda mais os contratos futuros da oleaginosa. Às 7h30 (horário de Brasília), os principais vencimentos apresentavam perdas entre 7 e 8,50 pontos. O contrato de novembro, por exemplo, era negociado a US$ 9,71 por bushel. Já os contratos de janeiro e março estavam cotados abaixo dos US$ 10, enquanto o vencimento de maio, referência para a safra brasileira, marcava US$ 10,15 por bushel.

O mercado segue pressionado pelo bom ritmo de colheita nos Estados Unidos e pelo avanço acelerado do plantio no Brasil, favorecido pela chegada de chuvas em importantes regiões produtoras. As previsões indicam ainda mais precipitações para os próximos dias, o que mantém a atenção dos traders voltada para o desenvolvimento da safra brasileira.

Por outro lado, a demanda tem oferecido algum suporte aos preços. Nas últimas semanas, a China intensificou as compras de soja tanto dos Estados Unidos quanto do Brasil. Segundo Eduardo Vanin, analista de mercado da Agrinvest Commodities, "entre a noite de ontem e hoje, o país asiático adquiriu soja para entrega em novembro, fevereiro, março, abril e maio". Vanin também informou que, na semana passada, a China comprou cerca de 50 navios de soja, com a maioria concentrada na safra brasileira, que tem se mostrado mais atrativa em comparação à americana para o final do ano.

Além da soja, outros produtos agrícolas, como milho, trigo, farelo e óleo de soja, também registraram queda nos preços futuros na CBOT nesta sessão.