Soja

SOJA: Mercado tem semana negativa e fecha com perdas de dois dígitos

No último pregão da primeira semana de janeiro, a soja encerrou os negócios, novamente, com uma baixa expressiva. Os principais vencimentos negociados na Bolsa de Chicago terminaram o dia com perdas superiores a 10 pontos


Publicado em: 08/01/2013 às 11:10hs

SOJA: Mercado tem semana negativa e fecha com perdas de dois dígitos

O mercado foi pressionado, na sexta-feira (04/01), por alguns fatores, entre eles as boas expectativas para a safra 2012/13 da América do Sul e também a espera pelos novos números de oferta e demanda que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz na sexta-feira (11/01).

Normal - Segundo Liones Severo, consultor de mercado, afirma, porém, que esse movimento de baixa registrado pela soja nas últimas sessões é considerado normal para o período. "Os americanos venderam muita soja agora na abertura do ano novo porque eles seguram um pouco as vendas por conta dos problemas do imposto de renda, então, é normal essa venda forte", explica.

Positivo - Severo diz ainda que, apesar dessas quedas pontuais, o momento para o mercado internacional de soja ainda é positivo, já que a demanda mundial continua aquecida e a oferta, apesar da entrada da safra norte-americana e da sulamericana, que deverá acontecer nos próximos meses, ainda é ajustada. "O mundo vai consumir 274 milhões de toneladas e o consumo já está previsto em 258 milhões. A questão toda é adequar esse embarque, essa logística, à chegada da soja nos mercados consumidores a tempo. Esse parece ser o grande desafio desse ano".

Exportações - Na sexta, o USDA anunciou ainda seus números de exportações semanais indicando um expressivo aumento do volume de soja exportado pelos EUA na semana encerrada no dia 27 de dezembro, confirmando essa demanda ainda muito aquecida. As vendas externas totalizaram 434.9 mil toneladas de soja contra as 87 mil toneladas exportadas na semana anterior. Quem liderou as compras de soja norte-americana, mais uma vez, foi a China, adquirindo 360.2 mil toneladas.

Clima na América do Sul - Por outro lado, enquanto os fundamentos de oferta e demanda ainda dão sustentação ao mercado, as boas condições climáticas na América do Sul pesam sobre as cotações em Chicago.

Segundo o instituto de meteorologia World Weather, a previsão para o Brasil é de que, para os próximos cinco dias, cerca de 76 mm de chuvas cairão em importantes regiões produtoras, a maior parte no Centro e no Sul do país, favorecendo o bom desenvolvimento das plantas. Além disso, espera-se que na Argentina, pelos próximos 10 dias, o clima mais quente e seco irá firmar os bons níveis de umidade no solo, permitindo que os produtores locais concluam os trabalhos de plantio no país que é o terceiro maior produtor mundial de soja.

 Milho e Trigo  - Milho e trigo também fecharam a sexta-feira em campo negativo. O mercado seguiu o mesmo caminho da soja e fechou a semana, que foi negativa, em queda, pressionado ainda pela demanda desaquecida pelos grãos norte-americanos. De acordo com o relatório de registro de exportações do USDA, as vendas semanais de milho dos EUA somaram 49.1 mil toneladas, enquanto, na semana anterior, esse volume foi de 104.3 mil toneladas. O mesmo fator pressionou as cotações do trigo no mercado internacional. As exportações semanais norte-americanas ficaram, na semana encerrada no dia 27 de dezembro, em 400.4 mil toneladas, contra 1.009.000 milhão de toneladas na semana anterior.

 Recuperação  – Nesta segunda-feira (07/01), a semana começou positiva para o mercado internacional de grãos com a soja, milho e trigo operando em alta na Bolsa de Chicago. Com isso, o mercado tenta se recuperar da última semana, que foi negativa. A recuperação também se dá com a busca dos investidores por um melhor posicionamento antes da divulgação do novo relatório de oferta e demanda do USDA que acontece na sexta-feira.

Fonte: Notícias agrícolas

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