As cotações da soja iniciaram a semana com estabilidade na Bolsa de Chicago, registrando pequenas variações entre 0,25 e 1 ponto na manhã desta segunda-feira (26). O contrato para março alcançou US$ 11,33 por bushel, enquanto o de maio atingiu US$ 11,42 por bushel. Paralelamente, os futuros do farelo apresentaram alta de 0,4%, enquanto os do óleo registraram uma leve queda de 0,3% na CBOT.

O mercado aguarda ansiosamente por notícias que possam influenciar de maneira decisiva os preços da soja. No foco das atenções estão o clima na América do Sul, o desfecho da safra 2023/24 e o comportamento da demanda. Ginaldo Sousa, diretor do Grupo Labhoro, destaca a escassez de chuvas na Argentina no último final de semana, com precipitações leves e moderadas concentradas no norte do país e nas regiões de Santa Fé e Córdoba. No Brasil, as chuvas foram mais presentes no Centro-Oeste e em parte do MATOPIBA.

As previsões para os próximos 5 dias indicam um cenário de tempo seco na Argentina e no Centro-Oeste brasileiro, com chuvas moderadas no Sul e precipitações mais intensas no Piauí, Maranhão e norte do Tocantins. Para o período de 10 dias, as melhores chuvas na Argentina devem se concentrar no Norte, enquanto o restante do país e o Brasil podem esperar volumes significativos de chuvas no Centro-Oeste e MATOPIBA, com chuvas moderadas na região Sul.

Ginaldo Sousa ressalta que a demanda mundial pela soja parece seguir pouco intensa nos próximos dias, indicando que os chineses continuam a adotar uma estratégia cautelosa de compras para evitar inflacionar os preços. Essa postura, segundo ele, contribui para exercer pressão na CBOT. O diretor do Grupo Labhoro enfatiza que, no momento, não há fundamentos que possam impulsionar os preços em Chicago. Ele classifica qualquer aumento repentino relacionado a eventos específicos e cobertura dos fundos como uma oportunidade de vendas.