A constatação feita pelos técnicos do Rally da Safra, mostra que o plantio foi maior neste ano por causa dos bons preços da soja.

A conversão de áreas de pastagens em lavouras de soja está se expandindo no nordeste de Goiás e no leste de Mato Grosso. Esta foi a constatação dos técnicos que participam da Equipe 4 do Rally da Safra, que saiu na terça-feira (26/2) pela manhã de Goiânia (GO) e chegou à noite em Nova Xavantina (MT).

No noroeste de Goiás, aos poucos, a soja avança sobre áreas de pastagem. O gado ainda predomina na paisagem da região. O crescimento do plantio foi maior neste ano por causa dos bons preços da soja, que tornam viável o investimento inicial na conversão das pastagens degradadas. Segundo produtores de Montes Claros (GO), nesta safra a área de soja no município cresceu cerca de 15 mil hectares e atingiu 25 mil hectares, a maior parte cultivada por arrendatários.

O produtor Alceu Aparecido Mellado, de Montes Claros, diz que o clima nesta safra torna difícil o manejo para o controle das pragas e ervas daninhas nas lavouras, pois choveu 30 dias seguidos entre dezembro até a segunda semana de janeiro. Para complicar a situação, não chove há duas semanas na propriedade, o que prejudica a produtividade das plantas que estão na fase de enchimento de grãos. Mellado estima que irá colher, em média, 35 sacas por hectare, abaixo das 40 sacas por hectare colhidas no ano passado.

Os problemas de queda da produtividade são localizados, pois as chuvas são esparsas, isto é, estão apenas mal distribuídas. Mellado acrescenta que na fazenda do vizinho choveu nos dois últimos dias, enquanto as suas lavouras sofrem com a falta de água.

A equipe encontrou uma fazenda na região em que a soja estava sendo colhida. Com excesso de umidade, a propriedade apresenta produtividade na faixa de 50 sacas por hectare. Nas áreas novas, o rendimento varia de 35 sacas a 40 sacas por hectare. Nesta quarta-feira (27/2), o grupo segue pela BR 158 com destino a Querência.