Publicado em: 28/02/2025 às 11:25hs
O Rio Grande do Sul deu início à colheita da safra 2024/25 de soja, com aproximadamente 1% da área cultivada já colhida, conforme boletim divulgado pela Emater nesta quinta-feira. O percentual segue a média histórica para o período, de acordo com a empresa de assistência técnica.
Tradicionalmente, o Estado inicia a colheita mais tarde devido ao seu calendário de plantio. No entanto, pelo terceiro ano consecutivo, a produção ficou abaixo do potencial esperado, reflexo das adversidades climáticas que incluem estiagens e enchentes.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apontou que, devido às perdas causadas pelo tempo seco, o Rio Grande do Sul pode perder sua posição como terceiro maior produtor de soja do Brasil para Goiás, que tem registrado produtividades superiores em função das condições climáticas favoráveis.
Segundo a Emater, grande parte das lavouras gaúchas encontra-se na fase de enchimento de grãos (56%), enquanto 12% estão em maturação, 25% em floração e 6% ainda em germinação e desenvolvimento vegetativo.
"A produtividade inicial está abaixo da estimada", destacou a Emater, informando que um novo levantamento da safra está em andamento.
Mesmo com as chuvas recentes, a empresa ressaltou que a condição das lavouras varia conforme a distribuição das precipitações, a capacidade do solo de reter água e as condições climáticas predominantes no período de plantio.
A colheita do milho também avançou, atingindo 64% da área plantada no Estado. Apesar da falta de chuvas em momentos críticos do ciclo, a produtividade tem se mantido em níveis satisfatórios.
Para a safra 2024/25, a Emater estima que a área cultivada com milho alcance 748.511 hectares, com produtividade média projetada em 7.116 kg/ha.
"A restrição hídrica observada entre janeiro e fevereiro pode impactar com maior intensidade os cultivos semeados em novembro e meados de dezembro, que atualmente estão na fase de floração e enchimento de grãos, representando 14% da área total", explicou a Emater.
O cenário reforça os desafios enfrentados pelos produtores gaúchos, que buscam estratégias para mitigar os impactos climáticos e garantir maior estabilidade produtiva nas próximas safras.
Fonte: Portal do Agronegócio
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