Publicado em: 28/01/2025 às 16:00hs
A Biond Agro anunciou suas previsões para a safra de soja 2024/25, projetando uma colheita de 168,15 milhões de toneladas, superando as estimativas anteriores. De acordo com Felipe Jordy, gerente de inteligência e estratégia da empresa, "as condições climáticas favoráveis na maior parte do Brasil sustentam esse desempenho, consolidando a posição do país como líder global na produção de soja". A produtividade média foi ajustada para 58,9 sacas por hectare, refletindo avanços significativos nas lavouras.
A região Centro-Oeste continua a se destacar com a expectativa de colher 80,79 milhões de toneladas. No entanto, o Sul do Brasil enfrenta desafios devido aos efeitos do fenômeno La Niña, que tem afetado as condições climáticas da região. "O monitoramento constante será crucial para ajustar as estimativas e reduzir as perdas", afirma Jordy.
O Sul do Brasil, uma das regiões mais promissoras para esta safra, está em alerta devido à falta de chuvas, uma consequência do fenômeno La Niña, com impacto especialmente nos estados do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, além do sul do Mato Grosso do Sul. No Centro-Oeste, a preocupação gira em torno das chuvas durante a colheita, que podem prejudicar a qualidade da produção. A expectativa é de que o La Niña cause períodos prolongados de seca ou chuvas intensas, variando conforme a região.
"Estratégias de manejo serão fundamentais para minimizar os efeitos adversos do clima", alerta Jordy. Apesar disso, o Centro-Oeste tem conseguido compensar as perdas com condições climáticas mais estáveis e o avanço das lavouras. A produtividade recorde em estados como Mato Grosso e Goiás tem impulsionado o volume de produção nacional.
Além dos desafios climáticos, os obstáculos logísticos permanecem como um dos principais pontos críticos. A infraestrutura de transporte pode atrasar as exportações e pressionar os preços, mas a vasta oferta brasileira tem sido essencial para amenizar os impactos da seca na Argentina.
A prolongada seca na Argentina gerou incertezas sobre a oferta global de soja, afetando os preços internacionais. A produção no país vizinho, estimada em 52 milhões de toneladas, pode ser ainda mais reduzida devido à falta de chuvas, o que favorece a safra brasileira. "O Brasil tem absorvido parte da demanda global, reforçando sua relevância no mercado de exportação", explica Jordy.
Além disso, os ajustes feitos pelo USDA nos estoques globais e a redução da competitividade dos Estados Unidos nas exportações têm gerado um viés altista no mercado. "A volatilidade deve continuar até o final da safra, com o clima sendo o principal fator de influência nas cotações", conclui Jordy.
Fonte: Portal do Agronegócio
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