Publicado em: 29/08/2012 às 19:10hs
A preocupação antecipada é decorrente aos focos da doença registrados no vazio sanitário, período de eliminação de qualquer planta e que tem duração de até quatro meses. Apesar do avanço dos produtores em respeitar o vazio, ainda há muito o que ser feito para combater a ferrugem nas lavouras do país.
"É preciso, por exemplo, que seja feita uma ação para erradicação das plantas guaxas, que nascem involuntariamente principalmente na beira das rodovias e nos pátios das empresas que compram o produto", explica o gerente técnico da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Luis Nery Ribas. Segundo ele, os governos precisam trabalhar em conjunto com os produtores, tomar providências para que a doença não afete a produtividade da soja.
Mesmo com o alerta, os órgãos de defesa vegetal de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul mostram que houve recuo no número de propriedades notificadas por não cumprirem o vazio sanitário. De acordo com o coordenador interino de Defesa Vegetal do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea), Ronaldo Medeiros, já foram fiscalizados 1,341 propriedades no estado, que resultou em 196 notificações e 15 autuações. No ano passado foram 1,7 mil fazendas fiscalizadas, totalizando 280 notificações e 20 autuações. As multas chegam a 30 UPF´s por hectare, equivalente a R$ 1,3 mil por hectare.
As ocorrências também diminuíram em Mato Grosso do Sul. O chefe de Núcleo de Grandes Culturas da Inspeção e Defesa Agropecuária Mato Grosso Sul (Iagro), Sebastião Ramão de Freitas, explica que o tempo seco e a conscientização dos produtores auxiliaram a redução dos focos. Conforme ele, neste ano 500 produtores foram fiscalizados, no total de 143 mil hectares. Dessa quantidade houve quatro ocorrências. Em 2011, foram fiscalizados 5,138 produtores, em 1 milhão de hectares. Mas houve 17 propriedades notificadas por cultivaram a planta no vazio sanitário.
Fonte: Agrodebate
◄ Leia outras notícias