Soja

Produtores querem aval da China para a comercialização de soja mais resistente a lagartas

Preço da nova tecnologia chega a R$ 115/ha, enquanto a tradicional chega a R$22/ha


Publicado em: 13/02/2013 às 15:10hs

Produtores querem aval da China para a comercialização de soja mais resistente a lagartas

Produtores de Mato Grosso querem aval da China para a comercialização de soja mais resistente a lagartas. A soja RR2 PRO ou Intacta está em áreas que variam de 2 a 10 hectares e podem ser destruídas caso o mercado chinês, principal comprador da soja brasileira, não autorizar a comercialização da nova tecnologia.

A remoção da soja transgênica é para evitar possíveis embargos a soja brasileira. O cultivo dessa tecnologia atinge mil campos de pesquisas no país. Desses, 200 estão em Mato Grosso.

Além de lagartas, a lavoura de Intacta é mais resistente ao glifosato, principal herbicida usado no combate a ervas daninhas. Os estudos ainda teriam demonstrado um acréscimo na produtividade de 6,5 sacas por hectare.

Com esses resultados a Monsanto, detentora de tecnologia, justifica o aumento do custo do uso do produto. Enquanto o gasto com os royalties das sementes da primeira geração é de R$ 22 por hectare, na Intacta pode ficar em R$ 115/ha. Mesmo assim pelos cálculos da empresa o produtor ao diminuir o uso de inseticidas e aumentar a produção teria um incremento na receita de R$ 347 por hectare.

O engenheiro agrônomo supervisor comercial da Monsanto, Diego Bortolini, explica que a soja Intacta reduz o número de aplicações no campo. "Serão, pelo menos, quatro aplicações a menos na safra".

Apesar disso, os produtores mato-grossenses não estão dispostos a pagar tanto pela tecnologia. "Os preços estão impraticáveis. O valor está muito alto", reclama o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Rui Prado.

Fonte: Agrodebate

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