Por todo o lado avistavam-se máquinas e caminhões trabalhando desde o amanhecer ao entardecer de sexta-feira em Sidrolândia, a 70 quilômetros da Capital. Cerca de 30% da soja semeada em outubro foi castigada por forte estiagem e tem que ser colhida logo, antes que chova mais e a quebra de safra aumente.

“Nossa meta era uma produtividade de 55 a 60 sacas, infelizmente vamos conseguir a média de 40 por hectare, com perdas de 25% a 30%”, comenta o agricultor e presidente do sindicato rural desse município, Osório Luiz Straliotto, 54 anos. Os 130 mil hectares de lavouras, dez mil a mais que no biênio 2010-2011, deverão render este ano 312 mil toneladas.

As sementes são miúdas, o rendimento na indústria e na exportação certamente será menor, explica Straliotto. Na safra 2010-2011 foi pior, pois os agricultores só alcançaram a média de 30 sacas por hectare. Straliotto informa que 126 produtores pediram na agência local do Banco do Brasil a prorrogação de prazo para o pagamento do custeio das lavouras do ano agrícola 2010-2011. Até a semana passada a agência também contabilizava seis pedidos de Proagro (Programa de Garantia da Agropecuária) e seguro.