Soja

Produção de soja fica 3% abaixo das estimativas do Imea

Produção de soja em Mato Grosso deve totalizar 21,367 milhões de toneladas na safra 2011/2012


Publicado em: 09/05/2012 às 18:30hs

Produção de soja fica 3% abaixo das estimativas do Imea

Volume é 2,87% menor que as 22 milhões (t) previstas anteriormente pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), motivado principalmente pela maior incidência de ferrugem asiática nesta temporada, que ocasionou a perda de aproximadamente 1 milhão (t) do grão, segundo estimativa do presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Carlos Henrique Fávaro.

Apesar da queda, a quantidade planejada é 3,8% superior à contabilizada no ciclo produtivo passado, quando 20,566 milhões (t) foram colhidas em solo mato-grossense. Em valor monetário, as perdas ocorridas em decorrência da ferrugem podem chegar a R$ 1 bilhão. Avanço da doença foi tema de um dos encontros do Circuito Aprosoja, realizado na segunda-feira (7), em Sinop, uma das regiões mais afetadas pelo fungo que provoca a doença.

Segundo o presidente da associação, um amplo levantamento está sendo realizado pela entidade para tentar saber os motivos da tamanha agressividade com que a ferrugem se alastrou pelas lavouras de soja no Estado. Fávaro afirma que o intuito é saber se houve descuido dos produtores ou se o fungo está resistente aos fungicidas.

A ferrugem trouxe ainda reduções na produtividade, ou seja, quanto o agricultor colhe por hectare plantado. A média este ano no Estado ficou em aproximadamente 3 mil quilos/ha ou 50 sacas/ha. Na safra passada, os agricultores de Mato Grosso obtiveram produtividade média de 53 sacas/ha. Diretor da Aprosoja, Antônio Galvan, destaca que a produtividade nas lavouras da região Norte reduziu em mais de 10% se comparado à safra passada. "Perdemos em média de 7 a 10 sacas por hectare na região".

Participante do evento promovido pela Aprosoja, o coordenador da Comissão de Defesa Sanitária Vegetal de Mato Grosso, Wanderlei Guerra, enumera alguns fatores que podem ter contribuído para um ataque mais severo da doença nesta safra no Estado. "Sem dúvida as condições climáticas nesta safra foram mais favoráveis ao fungo do que nos 2 últimos anos. Tivemos excesso de chuvas e muita nebulosidade, o que ocasiona o clima úmido, ideal para proliferação do fungo, e dificulta as aplicações", disse ao complementar que a tranquilidade dos anos anteriores também pode ter sido um fator de descuido por parte de alguns produtores e técnicos. Além disso, não descartamos a eficiência de alguns produtos utilizados no combate à ferrugem".

Wanderlei Guerra relaciona algumas medidas que podem ser adotadas pelo produtor no combate à ferrugem como permanecer sempre alerta e nunca descuidar da lavoura, pois um ano pode ser diferente do outro, sobretudo por conta dos fatores climáticos.

Fonte: Gazeta Digital

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