Na capital nacional do agronegócio, a saca de soja iniciou a semana passada sendo cotada a R$ 47 na segunda (7) e fechou a R$ 47,50 na sexta (11).  Os reflexos das oscilações no mercado internacional impulsionaram os preços internos.

Em Sinop, na segunda, o preço registrado foi de R$ 46,50 a saca, caindo para R$ 46 no dia seguinte e, fechando a semana com a saca da soja sendo cotada a R$ 47. Já em Lucas do Rio Verde houve poucas negociações e passou toda a semana com negócios próximos ou iguais a R$ 48/sc.

Mercado futuro

O contrato futuro, com vencimento para março, iniciou a semana reagindo às fortes quedas. Na segunda-feira (7), o preço de abertura do contrato foi de US$ 13,67. O pregão nesse dia registrou ganhos de 21 pontos para o papel. Com leves oscilações no decorrer da semana, o maior preço registrado foi de US$ 13,94 na quinta-feira (10).

Nesse mesmo dia, apesar dos anúncios de grandes vendas para a China e para destinos desconhecidos terem impactado significativamente no mercado, as notícias não foram suficientes para segurar os preços. O contrato fechou o dia sendo cotado a US$ 13,77. As expectativas giravam em torno da divulgação do relatório do USDA na sexta-feira (11), que revelou um aumento nos estoques finais norte-americanos de soja. Na sexta-feira o contrato atingiu seu preço mínimo de US$ 13,51.

Oferta e demanda

A produção mundial de soja aumentou 12% na safra 2012/2013 ante a safra anterior, totalizando 268 milhões de toneladas, segundo dados divulgados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Acompanhando essa alta na produção do grão, o consumo total e as exportações também aumentaram significativamente.

As exportações, que totalizaram 91 milhões de toneladas na safra 2010/11, apresentaram uma leve diminuição de 1% na safra 2011/12 e aumentaram 9% na safra 2012/13, somando 99 milhões de toneladas de oleaginosa embarcadas. O consumo total apresenta-se em ritmo crescente, variando 2% na safra 2012/13, representando 261 milhões de toneladas do grão.