Publicado em: 28/05/2012 às 18:30hs
O salto, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), foi de 3,231 milhões de toneladas para 4,673 milhões. Recorde nas exportações para o período deve-se ao baixo estoque mundial e receio dos países em ficar sem a oleoginosa. Somente pelo porto de Santos (SP), este ano foram escoadas 2,740 milhões de toneladas de soja, 32,1% a mais que em 2011. Retrações nos envios começam a ser sentidas, tanto que no comparativo com março a queda chegou a 40,3%. Levantamento do MDIC mostra que somente em abril foram enviados 1,347 milhões de toneladas de soja, um volume 40,3% inferior as 2,259 milhões de março. Ao se comparar com abril de 2011 o decréscimo chega a 22,3%, na época 1,734 milhões foram escoados.
Conforme o analista de mercado de grãos do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Cleber Noronha, verifica-se que as exportações seguirão em alta, porém até o final do primeiro semestre o volume deverá normalizar-se. “Mas, ao enxergarmos o segundo semestre há risco de não ter o que exportar”, revela.
Dados do Imea revelam que até a primeira quinzena de maio 94,2% da soja safra 2011/2012 já havia sido comercializada pelos produtores, volume este 10,6 pontos percentuais (p.p) superior aos 83,6% da ocasião em 2011. “Agora depende apenas das indústrias. Cabe a elas decidir pelo consumo interno ou exportar o grão”, salienta Noronha.
Questionado sobre a retração de abril ao comparar com o mês em 2011 e março, o analista explica que março foi um mês de pico com a finalização da colheita. “Além disso, a demanda era maior, pois os estoques mundiais estavam baixos e o receio de ficar sem o grão por parte de alguns países era grande. Quanto a abril de 2011, vale ressaltar que a colheita da safra passada começou atrasada”.
China
As importações de soja da China devem chegar a 7,23 milhões de toneladas em maio, conforme o Ministério do Comércio do país informou. As estimativas foram revisadas para cima em relação à projeção anterior de 5,63 milhões de toneladas, com base em relatórios de importadores para o período de 1º a 15 de maio. Se confirmados, os dados serão recordes.
Fonte: Folha do Estado
◄ Leia outras notícias