Soja

Plantio de soja precoce deve atingir 44% da área em MT

O plantio da soja safra 2012/2013 está previsto para começar no dia 15 de setembro, após o término do vazio sanitário


Publicado em: 30/08/2012 às 19:40hs

Plantio de soja precoce deve atingir 44% da área em MT

No ciclo, cerca de 44% dos 7,890 milhões de hectares serão destinados à soja precoce, cujo ciclo pode chegar a 110 dias proporcionando assim o plantio da segunda safra do milho e do algodão, que deverão ocupar cerca de 2,916 milhões e 570 mil hectares, respectivamente, na safra 2012/2013. Mais de 90% das sementes de soja ofertadas em Mato Grosso já foram comercializadas. Preço gasto com sementes e cultivo é o mesmo para os ciclos precoce e tardio. Diferença de produção por hectare é de apenas cinco sacas a menos na soja precoce e aquisição das sementes começam em dezembro.

A previsão é que os produtores desembolsem R$ 2,140 mil por hectare de soja na safra 2012/2013; destes, R$ 1,082 mil são equivalentes aos insumos (sementes, defensivos e fertilizantes). O ciclo da soja precoce tem duração de 95 a 110 dias dependendo da variedade da semente, como explica o analista de mercado do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Cleber Noronha, enquanto o ciclo tardio é de 130 dias do termino do plantio à colheita. “Nesta safra que se inicia no próximo mês, pouco mais de 40% da área será de soja precoce. É esta área que dará lugar à 2ª safra do milho e do algodão. O gasto do produtor é praticamente o mesmo para todos os ciclos da soja, incluindo semente. O que pesará é a marca do insumo que ele utilizará”.

A diferença de produtividade por hectare é miníma, salienta o analista. “O ciclo precoce produz cerca de cinco sacas a menos que o ciclo tardio. Entretanto, o resultado dependerá do clima, pois já tivemos safras a qual a área com soja precoce produziu mais sacas por hectare, assim como safras com a mesma quantidade para ambos os ciclos”, explica Noronha.

FALTA

De acordo com o vicepresidente da Aprosmat, Elton Hamer, os produtores de soja no Estado estão com dificuldades em encontrar certos tipos de variedades de sementes de soja.

Ele comenta que a quebra da safra dos Estados Unidos de soja e milho por conta da seca e dos recordes regionais na cotação da oleaginosa, que em pleno julho chegou a atingir R$ 74 a saca, fez com que a busca por sementes de alta tecnologia crescesse e levasse a falta, por mais que a oferta de sementes tenha crescido 10% para o ciclo 2012/2013 frente ao anterior.

“Há uma promessa muito boa para próxima safrinha de milho por conta da situação das lavouras norte-americanas. E, para isso, os produtores usam variedades com menor ciclo e essa grande procura causou a falta”, explica Hamer. Ele salienta ainda que além das cultivares de ciclo curto, também estão em falta variedades de sementes resistentes a nematoides e alta performance, o que reflete pouca oferta e em aumento de preço, bem como substituições.

“Os produtores não deixam de plantar. Eles acabam por fazer a substituição por outros tipos de sementes. Como, por exemplo, por uma cultivar de ciclo mais tardio, aí pode ser que talvez ele não consiga fazer a segunda safra (milho). Além disso, ele gasta mais com aplicações de fungicida, porque a variedade de ciclo longo fica mais tempo no campo e demora mais a maturar”, diz Hamer, acrescentando que isso muitas vezes levam os produtores a iniciar a aquisição das sementes quase um ano antes do plantio do grão, mais precisamente em dezembro.

Fonte: Folha do Estado

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