Soja

Plantar soja vai ficar mais barato no MT

Ciclo 2012/2013, que começa em setembro, deve ter custo 3,5% menor, segundo previsão do Imea


Publicado em: 23/08/2012 às 09:20hs

Plantar soja vai ficar mais barato no MT

O gasto com insumos básicos para o plantio de um hectare de soja na safra 2012/2013 caiu 3,5% em julho em relação ao mês anterior e alta de 25,2% ante o mês em 2011. Para plantar um hectare o sojicultor no mês passado, se a safra já estivesse em vigência, teria desembolsado R$ 1.082,50, valor inferior aos R$ 1.122,09 de junho e superior aos R$ 865,38 do ano passado. A queda nos insumos é dada por conta da redução de preço dos defensivos (5,9%), fertilizantes (2,8%) e sementes (0,8%). As informações são do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), que revela a retração ser dada por conta dos insumos para a próxima safra já estarem praticamente 100% adquiridos.

Apesar do gasto com os insumos terem reduzido em julho, frente a junho, o custo total de produção apresentou alta de 1,56%, saltando de R$ 2,107 mil para em R$ 2,140 mil, fato ocasionado, principalmente, pela alta de 13,3% com os custos da terra (arrendamento) cotados em cima do preço da saca da soja e gastos com manejo e variáveis, como armazenagem e beneficiamento.

O plantio da safra 2012/2013 está previsto para começar dia 15 de setembro se as condições climáticas permitirem.

De acordo com o levantamento do Imea, ao se comparar o gasto com insumos em julho deste ano com o mesmo mês do ano passado os defensivos e os fertilizantes registraram alta de 56% e 16%, respectivamente, tornando-se neste caso as principais fatores para o aumento do custo de produção. Os gastos por hectare com defensivos ficaram cotados em R$ 365,65, fertilizantes R$ 595,29 e com as sementes R$ 121,56.

O balanço revela ainda que o desembolso com as operações agrícolas cresceu 1,76%, saltando de R$ 141,96 em junho para R$ 144,46 em julho. “Os insumos tiveram queda frente a junho, pois a aquisição já está praticamente em 100%. São poucos os produtores que ainda os procuram. Já os gastos com as operações agrícolas aumentaram em decorrência dos aumentos do óleo diesel, visto incluir neste item os trabalhos de colheita e semeadura, por exemplo”, explica o analista de mercado do Imea, Otávio Behling Junior.

CUSTO DA TERRA

Além das operações agrícolas, o custo da terra foi outro fator para que o custo total de produção seguisse em alta. O custo da terra nada mais é que o arrendamento da mesma.

O incremento no mês de julho em relação a junho foi de 13,3%, um aumento de R$ 372,63 para R$ 422,29 o hectare. “Tivemos este acréscimo porque o arrendamento da terra é realizado em cima da cotação da saca de soja. O mês passado no mercado futuro ela estava avaliada em média a R$ 50. O mesmo ocorre com o algodão e o milho, pois é também em cima da saca da oleaginosa”, diz o analista.

Segundo o Imea, os custos com assistência técnica, armazenagem e beneficiamento, seguros, financiamentos, transporte da produção e impostos tiveram alta de 4,88% registrando R$ 440,86 por hectare.

Fonte: Folha do Estado

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