Após uma semana marcada por intensa volatilidade e novas máximas, o mercado da soja opera com leves ajustes na Bolsa de Chicago nesta sexta-feira (7). Por volta das 9h (horário de Brasília), os contratos registravam pequenas quedas entre 0,25 e 0,75 ponto, com o vencimento para maio cotado a US$ 10,26 e o para julho a US$ 10,39 por bushel. O milho e os derivados da oleaginosa também apresentavam estabilidade, enquanto o trigo recuava mais de 1% na CBOT.

O mercado segue digerindo as últimas notícias sobre a guerra comercial, que trouxeram um certo alívio após o adiamento das tarifas sobre o México. No entanto, os investidores continuam atentos à demanda chinesa, que se mantém concentrada no Brasil nas últimas semanas, e às possíveis movimentações dos presidentes Donald Trump e Xi Jinping.

De acordo com o relatório diário da Cerealpar, a reação técnica da semana pode encontrar resistência devido à proximidade do final de semana, período em que podem surgir novas atualizações geopolíticas. Isso tende a gerar cautela entre os traders.

Além disso, analistas apontam que parte do mercado tenta minimizar as preocupações sobre a possível perda de espaço dos produtores americanos, argumentando que, independentemente das tarifas, a China naturalmente compraria soja brasileira nesta época do ano devido à sazonalidade da safra. No entanto, a incerteza reforça entre os agricultores dos Estados Unidos a perspectiva de reduzir a área plantada com soja e aumentar o cultivo de milho na safra de 2025.