Publicado em: 25/04/2025 às 11:10hs
Rio Grande do Sul aguarda fim da colheita para definição de preços
No Rio Grande do Sul, os produtores mantêm cautela à espera da conclusão da colheita, segundo dados da TF Agroeconômica. No porto, as indicações para entrega em abril, com pagamento ao final do mês, situam-se em torno de R$ 135,00 por saca, representando uma queda de 0,74%. No interior do estado, os preços pagos pelas fábricas seguiram os padrões locais:
Em Panambi, os preços “de pedra” caíram para R$ 124,00 por saca, valor oferecido diretamente ao produtor.
A colheita de soja em Santa Catarina está próxima do encerramento, com 70% da área já colhida. Os resultados têm superado as expectativas iniciais, tanto para a soja quanto para o milho, com rendimentos excepcionais que, em alguns casos, alcançaram 100% do máximo esperado. No porto de São Francisco do Sul, a saca de soja está cotada a R$ 134,31.
No Paraná, embora a atenção comece a se direcionar para o milho, a soja ainda apresenta movimentações relevantes. Os preços por saca foram os seguintes:
No balcão, em Ponta Grossa, os preços ficaram em R$ 132,09.
Até 18 de abril, o Mato Grosso do Sul já havia colhido 99,1% da área plantada com soja, correspondente a 4,4 milhões de hectares. A produtividade média subiu para 54,4 sacas por hectare — um aumento de 11,4% em relação à safra anterior — o que impulsionou a estimativa de produção para 14,7 milhões de toneladas (+18,9%).
Os preços por saca foram:
Esses valores representam quedas de até 6,68%.
No Mato Grosso, os preços da soja também recuaram:
No mercado internacional, a Bolsa de Chicago (CBOT) encerrou a sessão com comportamento misto, mas com valorização nos contratos de soja. O contrato de maio, referência para a safra brasileira, subiu 1,23% (US$ 12,75 cents/bushel), fechando em US$ 1053,00. Já o contrato de julho avançou 1,12% (US$ 11,75 cents/bushel), para US$ 1062,00.
O principal fator de alta foi o óleo de soja, que registrou aumento expressivo de 3,63%, sendo cotado a US$ 49,65 por libra-peso. Por outro lado, o farelo de soja recuou 0,72%, negociado a US$ 288,70 por tonelada curta.
A valorização foi impulsionada por rumores de que a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) poderá revisar os mandatos de mistura de biodiesel ainda neste mês. A proposta, que teria origem em empresas dos setores de energia e biocombustíveis, prevê o aumento da utilização obrigatória de biodiesel de soja de 3,35 bilhões para entre 4,75 e 5,5 bilhões de galões nos próximos dois a três anos.
Outro fator de otimismo foi a possibilidade de o Japão — quarto maior comprador da soja norte-americana — ampliar suas importações como parte de acordos tarifários bilaterais com os EUA.
Enquanto isso, persistem as tensões comerciais entre Estados Unidos e China. Apesar de especulações sobre uma possível redução de tarifas de 145% para 50-60%, o governo chinês exige a remoção total das taxas e negou envolvimento em negociações recentes com a gestão de Donald Trump, o que gerou cautela nos mercados.
Fonte: Portal do Agronegócio
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