Amostra colhida no dia 6 deste mês confirmou a presença da doença no município, o que não foi uma surpresa. “Ferrugem não foi embora e podemos dizer isso pelo monitoramento feito durante a entressafra”, afirma o coordenador da Comissão de Defesa Sanitária Vegetal da Superintendência Federal da Agricultura (CDSV/SFA/MT), Wanderlei Dias Guerra, recordando que do total aproximado de 200 pontos de amostragem com presença de soja guaxa ou tiguera (que nasce involuntariamente) pesquisados no Estado durante o vazio sanitário, 80% estavam com o fungo da ferrugem.

No início da semana foi confirmado o primeiro foco da doença em Alto Araguaia. Preocupação redobrada para os produtores da cidade vizinha, distante cerca de 60 quilômetros. Segundo Roberto Schwingel, técnico agrícola do sindicato rural de Alto Taquari, as medidas preventivas foram adotadas e a situação está sob controle. Mas, segundo ele, a atenção está redobrada porque “há 15 dias está chovendo direto”, o que motivou a antecipação do monitoramento da ferrugem feito no minilaboratório do projeto Antiferrugem na região, um dos 10 instalados no Estado.

Diante do mapa de risco já conhecido, a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) está orientando os técnicos a iniciarem a coleta de amostras da planta nas propriedades a partir da próxima semana, dia 19. Analista da entidade, Franciele Dal`Maso, explica que, antes de ser dada a confirmação da doença nessas regiões, a 1ª amostra colhida deverá ser enviada ao laboratório para ser analisada. “A identificação das outras amostras é mais simples”.