Publicado em: 27/02/2012 às 11:50hs
De acordo com dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), no mês passado o produtor gastou 2,9 sacas de soja por hectare para fazer três aplicações de fungicidas. Na mesma época em 2011, o custo foi um pouco menor, ao redor de 2,5 sacas.
A relação de troca entre soja e fungicida, contudo, ainda está longe do pico alcançado em março de 2009, quando o ataque da doença foi intenso. Naquela época, o produtor gastou, em média, 4,4 sacas/hectare de soja para fazer três aplicações do defensivo. O Imea considera que na atual safra o custo em algumas regiões possa chegar a cinco sacas/hectare por causa da necessidade de mais aplicações de fungicida.
De acordo com dados do Consórcio Antiferrugem, liderado pela Embrapa/Soja, Mato Grosso registrou 88 focos de ferrugem na atual safra 2011/2012. A maior parte dos focos encontrados no Estado - 66 - foi identificada em janeiro.
Na mesma época da safra passada, os produtores mato-grossenses identificaram 50 focos da doença.
Do início da safra 2011/2012 até agora o país registrou 247 focos de ferrugem.
Boa safra
Mesmo com os focos registrados em algumas regiões, a previsão da Aprosoja, a Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso, é de que o estado deve colher uma safra um pouco maior que a do ano passado.
A ferrugem pode derrubar em 5% a produtividade média, perda que deve ser compensada pelo aumento da área, que foi de 6% em todo o estado.
Além da ferrugem, os agricultores que colheram nos últimos dias têm uma despesa a mais com outro problema que também é provocado por excesso de umidade. A colheita continuou sendo feita nos intervalos entre uma chuva e outra.
Os agricultores aceleraram a colheita nos últimos dias. As cooperativas de Mato Grosso receberam até agora 25% de toda a produção do estado. A soja que chega é submetida a testes para verificar o teor de umidade. "Hoje está chegando soja da lavoura com 25 a 30% de umidade. Feitas as análises, vai para descarga, onde posteriormente segue para o secador e esse processo demora em torno de oito horas para o produto ficar dentro do padrão, que é 14%", explica Vinícius Acco, gerente da cooperativa.
Para reduzir a umidade da soja ao teor ideal, os armazéns cobram do agricultor cerca de R$ 1,30 centavos por saca. De acordo com a Aprosoja, a produção em Mato Grosso deve chegar a 21 milhões de toneladas.
Fonte: DCI - Diário do Comércio & Indústria
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