Soja

Ferrugem e excesso de chuvas reduzem produtividade da soja em MT

A produtividade da soja diminuiu na safra 2011/12, segundo o último boletim de safra divulgado nesta terça-feira (6) pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea)


Publicado em: 07/03/2012 às 09:00hs

Ferrugem e excesso de chuvas reduzem produtividade da soja em MT

As regiões Norte e Médio-Norte foram as que registraram as maiores perdas, com variação anual de -8,3% e -6,9%, respectivamente. A estimativa do Imea é que os produtores destas duas regiões, localizadas ao longo da BR 163 e que concentram boa parte da produção de soja de Mato Grosso, colham 3.107 kg/hectare, no Médio Norte, e 2.917 no Norte. Ainda de acordo com o Imea, apenas na região Oeste do estado foi detectado um aumento de produtividade de 5,1% com relação à safra 2010/11.

Os principais fatores que levaram à queda da produtividade foram a ferrugem asiática, doença causada por um fungo que ataca as lavouras e influencia diretamente no resultado da colheita, e o excesso de chuvas na região. No ano passado, os sojicultores da região Norte colheram, em média, 3.181 kg/hectare e os do Médio Norte, 3.338, foi inclusive uma das melhores médias de produtividade do estado na safra passada.

O presidente da Aprosoja, Carlos Fávaro, destaca que esta queda já estava prevista e que muitos produtores já haviam relatado as perdas na lavoura. “O Imea veio confirmar o sentimento dos agricultores, que sofreram com um mês de janeiro extremamente chuvoso e com a ferrugem”.

A produtividade estimada para esta safra é de 3.103 kg/ha. Com esses resultados, a produtividade média de Mato Grosso deve cair 3,3%, ou 51,7 sacas por hectare com relação à safra passada.

A produção estadual de soja sofreu redução também e está estimada em 21,9 milhões de toneladas, saindo da casa dos 22 milhões de toneladas da oleaginosa, como antes estava prevista.

O Imea também divulgou a estimativa de área para esta safra e aponta que a soja já está cultivada em uma área de 7 milhões de hectares, 1,2% maior do que no ciclo passado. Ainda segundo Fávaro, esta expansão deu-se na maioria dos casos em áreas de pasto com baixa rentabilidade. “Em razão disto, mesmo com aumento de área não teremos uma produtividade maior, uma vez que em solo que antes era pasto a tendência é uma produtividade menor”.

Fonte: Assessoria de Imprensa do IMEA - Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária

◄ Leia outras notícias