Publicado em: 03/09/2012 às 08:50hs
Descuido por parte de alguns produtores e o clima contribuíram para que a as plantas guaxas se desenvolvessem nos entornos das fazendas e às margens das rodovias. Este cenário é, de acordo com Fabiano Siqueri, pesquisador da Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso, Fundação MT, muito preocupante.
“Foram muitos os esporos da ferrugem detectados em todo o estado. Sendo assim, todo o cuidado com a ferrugem na próxima safra será pouco. Produtor que não quer ter novamente prejuízos por causa deste terrível inimigo da lavoura, não pode subestimar a ameaça da doença na próxima safra. Além disso, o clima indica fortemente que a ferrugem pode chegar mais cedo e mais virulenta”, destaca o pesquisador.
O alerta de Siqueri é para toda a classe produtora do estado, mas principalmente para as regiões de Dom Aquino, Campo Verde, Primavera do Leste e o sul de Nova Mutum, onde foi encontrado o maior número de plantas contaminadas pela ferrugem segundo a avaliação da Comissão de Defesa Vegetal da Superintendência Federal da Agricultura (SFA), em Mato Grosso, coordenada pelo agrônomo Wanderlei Dias Guerra.
O relatório da comissão aponta que tudo indica que a viabilidade da ferrugem se estenderá por período ainda maior na folha seca, com a possibilidade real de haver ocorrência precoce da doença nas lavouras de soja no próximo plantio que se inicia dia 15 de setembro.
“Este é um importante fato que deve servir de alerta para ações imediatas visando a eliminação das plantas guaxas e, também aos produtores, pois a ferrugem certamente será mais grave nesta safra”, afirma Guerra.
Siqueri explica que o fungo, Phakopsora pachyrhizi, causador da ferrugem da soja, dissemina-se facilmente pelo vento e em condições climáticas favoráveis, compromete seriamente a produtividade de soja pelo desfolhamento. “Ferrugem é extremamente dependente do clima na entressafra”.
Monitoramento local e regional, aplicação com produtos eficientes e na hora exata são as principais ferramentas que produtor e equipe devem fazer para controlar a ferrugem. No Fundação MT em Campo: É Hora de Plantar, que está acontecendo desde segunda-feira (27) nas principais regiões produtoras de soja em Mato Grosso, Siqueri reforça a importância do manejo adequado das doenças com destaque para ferrugem. “Qualquer doença causa onera a renda do produtor. Não adianta, tem que cuidar, com a ferrugem, então, não se brinca. Precisamos produzir grão, produzir soja e a doença pode afetar muito o peso da produção”.
A primeira etapa do Fundação MT em Campo: É Hora de Plantar encerra nesta sexta-feira (31) de noite na cidade de Sapezal/MT. Nesta fase, 10 regiões de Mato Grosso foram contempladas com a difusão tecnológica para a sojicultura. A segunda etapa do ciclo de palestras ocorrerá de 10 a 14 de setembro em 06 munícipios de Mato Grosso e dois de Goiás.
Fonte: Assessoria de Imprensa Instituto Phytus
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