Soja

Famato orienta produtores para a eliminação da soja guaxa

O vazio sanitário termina em 15 de setembro e os produtores rurais de Mato Grosso já se preparam para a safra 2012/2013 de soja, cuja produção deve atingir 24 milhões de toneladas, de acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea)


Publicado em: 04/09/2012 às 17:50hs

Famato orienta produtores para a eliminação da soja guaxa

Porém, para garantir a safra recorde, a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) alerta aos produtores rurais para tomarem alguns cuidados e evitar a propagação da Ferrugem Asiática - doença que pode provocar enormes prejuízos econômicos.

Há algumas semanas, técnicos da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja) e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) visitaram as principais regiões produtoras de soja do estado para verificar a efetividade do vazio sanitário. O cenário encontrado pelos técnicos não foi bom. Além da presença de plantas involuntárias, chamadas de soja guaxa ou tiguera, nos campos e às margens de rodovias, muitas estavam infestadas com o fungo Phakopsora sp, causador da ferrugem asiática. Somente na safra passada (2011/2012), a doença resultou em perdas financeiras na comercialização de R$ 364 milhões, de acordo com o Imea.

Segundo a analista de Agricultura do Núcleo Técnico da Famato, Karine Gomes Machado, alguns fatores contribuíram para a propagação destes tipos de plantas no estado, entre eles está o prolongamento das chuvas e a adoção dos cultivares RR (resistentes ao herbicida Glifosato), que têm alterado a dinâmica do controle químico das lavouras. "Alertamos a todos os produtores que façam a destruição das plantas vivas de soja em suas propriedades de forma mecânica ou química se o clima permitir. Lembrando que caso seja feito o arranque manual, é importante realizar a incineração das plantas", explica Karine.

Multas - A analista também lembra que a presença da soja involuntária pode resultar em multas ao produtor rural, que podem chegar a R$ 50 por hectare de área onde tiver plantas de soja tigueira. "Mas vale ressaltar que muito mais importante que a multa é a questão sanitária. Se não forem tomados os devidos cuidados, o potencial da próxima safra, que tem tudo para ser a maior da história, pode ser afetado", alerta a analista.