Soja

Excesso de chuva ameaça safra da soja no Mato Grosso

Se na região Sul a estiagem provocada pelo fenômeno La Niña ainda prejudica o desenvolvimento das lavouras de grãos e gera perdas bilionárias, em Mato Grosso a preocupação dos agricultores são as chuvas


Publicado em: 19/01/2012 às 10:35hs

Excesso de chuva ameaça safra da soja no Mato Grosso

A colheita de soja está no início no Estado e até agora não houve danos irreparáveis, mas se as precipitações continuarem os trabalhos serão afetados e a proliferação de pragas e doenças nas plantações tende a ganhar força.

Avaliação - Segundo avaliação do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), ligado à federação dos produtores locais (Famato), para que o previsto recorde da produção da oleaginosa nesta safra 2011/12 se concretize "será necessário aproveitar todos os períodos de clima seco para realizar as operações e toda chuva para incremento produtivo". O Imea calcula a área plantada de soja em Mato Grosso nesta temporada em quase 7 milhões de hectares, 8,9% acima de 2010/11. A produtividade está estimada em 3,174 quilos por hectare, 1,1% menor, e a colheita, se tudo der certo, deverá alcançar 22,2 milhões de toneladas, 7,8% mais que no ciclo anterior. Até novembro passado, 53,6% da colheita que está sendo iniciada já havia sido comercializada.

 Vendas  - De algumas semanas para cá, contudo, as vendas perderam força, sobretudo em razão da expectativa de aumento de preços em virtude da seca nos polos do Sul do Brasil e da Argentina. Nos últimos dias choveu nessas regiões, mas, mesmo na Argentina, ainda não o suficiente para reverter os prejuízos calculados. Na semana passada, a saca de 60 quilos foi negociada, em média, por R$ 39,40 na região de Sapezal (MT), com retração de 0,45% em relação à média da semana anterior.

 Milho  - Como as chuvas atrapalham a colheita de soja, o plantio da safrinha de milho nas mesmas áreas onde a oleaginosa foi plantada na chamada temporada de verão também não está muito animado em Mato Grosso, conforme o Imea. Mas, para alcançar as 9,8 milhões de toneladas de milho previstas para a segunda safra do cereal no Estado - a área plantada é estimada em 2,2 milhões de hectares -, é preciso que o volume de precipitações se mantenha. No mercado disponível da região de Primavera do Leste, a saca foi cotada a R$ 17, baixa de 3,4% em relação ao início da semana passada.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Ocepar/Sescoop-PR

◄ Leia outras notícias