Soja

Dias de campo do Programa Soja Livre chegam à Zona da Mata e Cone Sul de Rondônia

Cerca de 260 produtores, técnicos, empresários do agronegócio e estudantes participaram dos dias de campo do Programa Soja Livre ? Rondônia, realizados no dia 2 de março em Castanheiras, na Zona da Mata, e no dia 6 de março em Cerejeiras, no Cone Sul do estado


Publicado em: 08/03/2012 às 11:50hs

Dias de campo do Programa Soja Livre chegam à Zona da Mata e Cone Sul de Rondônia

Durante os eventos os participantes conheceram as 18 cultivares de soja livre (não geneticamente modificada, ou convencional) desenvolvidas pela Embrapa, como parte de uma proposta de produção sustentável e economicamente viável para o estado. Também obtiveram informações sobre mercado, sementes e negociação dos grãos, além de participarem de estações técnicas sobre manejo de pragas e demais temas relacionados à safra de soja.

Pecuaristas veem na soja potencial para recuperação de áreas degradadas

Em Castanheiras o dia de campo foi realizado na unidade demonstrativa do Programa, localizada na Fazenda Maia, e levou novas perspectivas para a região. “Sou empresário e pecuarista em Castanheiras e já estou começando uma pequena produção de soja para recuperação de áreas de pastagens degradadas. Com a soja quero recuperar o solo, melhorar a pastagem e, conseqüentemente, os resultados na pecuária”, conta Norberto Amaral.

De acordo com o pesquisador da Embrapa Rondônia, Vicente Godinho, o estado possui cerca de 1 milhão de hectares de áreas de pastagens degradadas com potencial para o plantio de soja. “A soja traz um grande benefício para a atividade pecuária, pois o manejo adotado para esta cultura recupera o solo para uma pastagem com maior capacidade de suporte de animais por área, o que torna a soja atrativa para a região”, explica o pesquisador.

O mercado para a soja convencional e o potencial do estado para atendê-lo foram pontos que também chamaram a atenção dos produtores. Segundo o pesquisador da Embrapa Soja, que atua no campo experimental da Embrapa Rondônia em Vilhena, Rodrigo Brogin, os mercados europeu e asiático têm grande demanda para a soja convencional e pagam mais por ela. “O mercado para a soja não geneticamente modificada é específico e Rondônia tem potencial para conquistá-lo. Além disso, o estado conta com uma vantagem logística para a exportação da soja convencional, que é o Porto Graneleiro do Rio Madeira, em Porto Velho”, destaca Rodrigo.

O evento em Castanheiras contou ainda com participantes de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. O mato-grossense Paulino Bulla, por exemplo, é empresário e está apostando na soja em Rondônia. “Trabalho com defensivos agrícolas e sementes aqui no estado e estou impressionado com a qualidade das cultivares de soja convencional apresentadas pela Embrapa. Tenho boas expectativas para a soja em Rondônia, que tem alto potencial competitivo”, ressalta Paulino.

O produtor Cláudio Ramos, de Dourados (MS), conta que está em busca de boas áreas para a produção de soja em Rondônia. “Estou encantado com a soja daqui, que em produtividade não deixa a desejar em comparação com outras regiões tradicionais em soja no Brasil. Estou avaliando a possibilidade de vir para Rondônia e este dia de campo me trouxe ainda melhores perspectivas”, diz o produtor, que também compareceu no dia de campo realizado em Cerejeiras.

Cultivares da Embrapa chamam a atenção dos produtores

O dia de campo do Programa Soja Livre em Cerejeiras foi realizado na unidade demonstrativa, localizada no Campo Experimental da Boa Safra, e reuniu grande número de sojicultores da região, que viram no evento uma oportunidade de conhecer variedades que estão sendo avaliadas no estado. “A Embrapa facilita o trabalho dos produtores, oferecendo cultivares que se adaptam às necessidades de cada região. Sem esse suporte tecnológico não conseguiríamos ser competitivos”, enfatiza o produtor de soja de Cerejeiras, Laércio Zenati.

Além da presença de pesquisadores e analistas da Embrapa, parceiros, produtores, técnicos, empresários e estudantes, o dia de campo contou também com a participação do diretor executivo da Associação Brasileira de Produtores de Grãos Não Geneticamente Modificados (Abrange), Ricardo Tatesuzi, que apresentou oportunidades de mercado para a soja convencional.

“Rondônia tem potencial para atender mercados que estão exigindo a soja livre de transgênicos e é importante que o produtor conheça as exigências, assim como os processos de negociação para que possam atuar de forma mais eficiente e competitiva”, afirma Ricardo Tatesuzi, reforçando ainda a vantagem logística do estado. “Hoje mais de 95% da produção de soja em Rondônia é convencional, o que facilita a segregação e diminui a possibilidade de contaminação com a soja transgênica, atendendo as especificações internacionais para a exportação do produto”.

O próximo dia de campo do Programa Soja Livre será no dia 15 de março, em Ariquemes, na unidade demonstrativa localizada no Instituto Federal de Rondônia (Ifro), RO – 257, Km 13, zona rural, às 8:30h.

Programa Soja Livre


O Programa Soja Livre em Rondônia é resultado da parceria entre Embrapa, Associação Brasileira de Produtores de Grãos Não Geneticamente Modificados (Abrange), Associação dos Produtores de Soja de Rondônia (Aprosoja/RO) e parceiros como a Boa Safra Produtos Agropecuários, o Grupo AMaggi, a Sementes Quati e o Instituto Federal de Rondônia.

Fonte: Embrapa

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