Publicado em: 10/10/2012 às 17:30hs
O valor deve-se ao custo de produção que em setembro ficou em R$ 2.247 por hectare, 35,8% superior aos R$ 1.654 da safra 2011/2012. Frente ao mês de agosto o aumento é de 3,5%, quando o custo estimado por hectare era de R$ 2.170. Os insumos (sementes, fertilizantes e defensivos) representam a maior parte dos gastos dos sojicultores, cerca de 48,4%, R$ 1,088 do custo total do hectare de soja plantado. Os dados são do levantamento de custo de produção do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Conforme o analista de mercado do Imea, Otávio Júnior, a alta segue puxada pelo aumento dos defensivos e sementes. No comparativo com agosto o maior aumento no custo de produção da soja se deu por conta dos defensivos (5,9%) e pelas sementes (5,5%). Em contrapartida, o fertilizante apresentou queda de 36,4%.
Em agosto a média de desembolso dos defensivos estava em R$ 366,77/ha, enquanto no mês passado chegou a R$ 388,73/ha. Já a semente registrou o valor de R$ 106,87/ha no oitavo mês contra R$ 112,83/ha em setembro. Os fertilizantes apresentaram a maior queda durante setembro passado de R$ 589,64/ha em agosto para R$ 374,78/ha no mês passado. “Acontece que praticamente todo o fertilizante que será usado na safra já foi comprado, o que fez com que os preços baixassem”, explica.
Conforme o analista, diferente dos fertilizantes as sementes e os defensivos são comprados pelos produtores próximo ao início do plantio, o que faz com que os valores subam ainda mais no período. “É a lei da oferta e da procura”, explicou.
Milho e Algodão – Ao contrário da soja, o custo de produção do milho e algodão caiu 1,2% e 0,12% respectivamente. Para o plantio da próxima safra de milho o produtor pagará em média R$ 1.706 por hectare. O valor é 1,2% menor que o registrado em agosto, quando a média era de R$ 1,727/ha. Porém, ainda é 39,6% maior que o montante desembolsado para o plantio da safra 11/12 R$ 1.222/ha. A pequena queda se deve à diminuição no preço por hectares dos preços de alguns insumos, custo de terra e armazenagem e beneficiamento.
Já para os cotonicultores a queda foi menor (0,13%). Em agosto os produtores deveriam desembolsar R$ 5.364/ha, frente a R$ 5.357/ha no mês de setembro.
A queda se deve principalmente ao valor estimado para os gastos com operações agrícolas que passou de R$ 701/ha em agosto para R$ 649,81/ha no mês passado.
Fonte: Folha do Estado
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