Publicado em: 13/09/2012 às 09:20hs
As exportações do complexo soja cresceram nos oito primeiros meses deste ano e atingiram uma receita de US$ 7 bilhões. Até o mês passado, o complexo foi responsável por quase 80% da receita obtida pelo Estado no acumulado das exportações do agronegócio. O total gerado com a venda de diferentes produtos do setor produtivo no Estado ficou em US$ 9,248 bilhões. Desse montante, US$ 7,083 bilhões resultaram dos embarques do complexo da oleaginosa.
Somente a soja em grãos foi responsável por 56% da receita (US$ 5,225 bilhões). Os dados são do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Apesar de mais uma vez a soja ser o carro-chefe das exportaçãoes no acumulado, o grande destaque foi o algodão com alta de 173,5% nas comercializações do período, totalizando US$ 445 milhões contra US$ 162 milhões em 2011.No primeiro semestre, os produtos que tiveram maior representatividade nas exportações de Mato Grosso foram, respectivamente: complexo soja com um volume de US$ 7,083 milhões, carnes US$ 828,09 milhões, milho US$ 746,13 milhões e o algodão, US$ 445,08 milhões.
O milho, apesar de ser uma das principais commodities que contribuíram com a receita acumulada no Estado, apresentou queda de 12,6% se comparado ao igual período de 2011 (US$ 853,72 milhões).
Segundo o coordenador da comissão de Gestão da Produção da Associação dos Produtores de Soja e Milho em Mato Grosso (Aprosoja), Naildo Lopes, o bom momento das commodities, o aumento da demanda mundial e os problemas climáticos vivenciados nos últimos meses foram fatores importantes que contribuíram para que Mato Grosso alcançasse US$ 9 bilhões.
Porém, a partir de agora, o crescimento deve ser um pouco mais tímido em função dos estoques desses produtos. “O crescimento será menor em função dos estoques reduzidos, uma vez que a demanda mundial foi crescente”, explica.
Conforme Lopes, o milho deve ser destaque nos próximos meses, uma vez que os preços estão em um bom patamar e os problemas nos portos e estradas seguraram as exportações. “A queda se deve principalmente aos problemas vivenciados no último mês, com greves e paralisações”, conclui.
Fonte: Folha do Estado
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