Publicado em: 21/02/2025 às 18:20hs
A comercialização da soja no Brasil manteve um ritmo arrastado ao longo da semana, com preços variando entre estáveis e em queda. Diante das condições pouco favoráveis, os produtores optaram por focar na colheita, aproveitando o clima propício. No mercado internacional, as cotações da soja em Chicago apresentaram alta, mas sem impacto significativo sobre os negócios no Brasil. O dólar, por sua vez, segue próximo de R$ 5,70.
No mercado interno, os preços apresentaram oscilações. Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 kg caiu de R$ 137,00 para R$ 130,50 ao longo da semana. Já em Cascavel (PR), a cotação permaneceu em R$ 125,00, enquanto em Rondonópolis (MT) houve uma leve queda de R$ 116,00 para R$ 115,00. No Porto de Paranaguá (PR), o preço permaneceu estável em R$ 132,00.
Os contratos futuros da soja com vencimento em março registraram um avanço de 0,97% na semana, sendo negociados a US$ 19,46 por bushel na manhã de sexta-feira (21). Um dos fatores que ajudaram a sustentar os preços foi o posicionamento do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que indicou estar aberto a negociações comerciais com a China.
A expectativa do mercado é de que a possibilidade de um conflito comercial entre Estados Unidos e China ainda esteja distante. Caso ocorra uma retaliação chinesa às tarifas americanas, o setor agrícola dos EUA poderia ser um dos mais afetados, impulsionando a busca por fornecedores alternativos, como Brasil e Argentina.
O clima na América do Sul continua sendo um fator de atenção. No Brasil, as chuvas no Rio Grande do Sul ajudaram a estancar as perdas nas lavouras, enquanto em Mato Grosso, o tempo seco favoreceu a colheita.
Na Argentina, persiste a preocupação com o potencial produtivo da safra, afetado pela recente estiagem. Embora tenham sido registradas chuvas nesta semana, os boletins meteorológicos indicam uma nova onda de calor para os próximos dias.
Nos dias 27 e 28 de fevereiro, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) realizará seu Fórum Anual, evento que fornecerá as primeiras projeções sobre o plantio da safra 2025 no país. Com o atual cenário de oferta e demanda apertadas e um bom ritmo de exportações, o mercado avalia a possibilidade de um aumento na área cultivada com milho, em detrimento da soja.
Fonte: Portal do Agronegócio
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