Em Floresta, por exemplo, o sojicultor Olímpio Pelizer, de 58 anos, vem conseguindo uma média de 150 sacas por alqueire. Em 20 alqueires, mesmo com toda a preocupação inicial, sua expectativa agora é produzir 3 mil sacas. Algumas áreas, de acordo com os técnicos, foram beneficiadas por mais chuvas, enquanto outras, quase ao lado, sofreram com a estiagem. A má-distribuição de umidade pode ter atingido cerca de 30% da área cultivada na região da Cocamar. “Mesmo com uns 20 dias de sol forte no começo, não posso reclamar. São Pedro fez a parte dele e eu também fiz a minha”, conta Pelizer, que investiu em um pacote tecnológico reforçado para ter produtividade. Ele aplicou 800 quilos de adubo por alqueire, em média, mais 300 quilos de cloreto em cobertura, duas aplicações para ferrugem e cinco para o controle de percevejo e lagarta. Segundo o produtor, o percevejo requer cuidado especial: “é o nosso maior problema”.  Ele utilizou sementes de ciclo precoce.

Pressa - Enquanto a colheitadeira vai tirando uma safra, outra já cai no solo, sem perda de tempo. É a semeadura do milho de inverno. A pressa, de acordo com o produtor, tem explicação: “Aqui, se a gente bobear a geada lambe tudo, por isso antecipamos o plantio”. Na tentativa de repetir este ano a boa produtividade obtida no último inverno, Pelizer diz que investiu mais em insumos de qualidade. O gerente da unidade da Cocamar local, Frederico João Altrão, informa que 70% das lavouras no município já então em ponto de colheita. O restante, mais atrasado, ainda depende de chuva.