Publicado em: 29/08/2012 às 14:40hs
"Para setembro de 2012 a fevereiro de 2013, estimamos que as importações de soja pela China sejam reduzidas entre 4 e 5 milhões de toneladas, ante as 27,5 milhões de toneladas importadas nos mesmos seis meses anteriores", disse a consultoria alemã.
Os preços do milho e da soja nos Estados Unidos atingiram máximas recordes neste verão no hemisfério norte, com as altas temperaturas e a implacável seca nos Estados Unidos, enquanto a seca também gerou grandes quedas nas colheitas de soja da Argentina e do Brasil, no início do ano.
A China foi responsável por 61 por cento das importações de soja no primeiro semestre de 2012, disse a Oil World.
O governo chinês deverá aumentar as vendas das reservas estatais da oleaginosa para compensar as baixas importações, disse a consultoria.
"Além disso, a China deverá aumentar as importações de canola canadense acima do nível há um ano, nos próximos seis meses", disse.
A consultoria acrescentou: "A perspectiva de forte queda nas importações de soja vai resultar em uma redução massiva do total de soja nos estoques chineses, abaixo dos níveis do ano passado ao final de fevereiro de 2013, forçando importações consideravelmente maiores na segunda metade da temporada 2012/13".
Isso significa que as grandes safras da América do Sul no início de 2013 vão enfrentar uma demanda reprimida na China, disse.
A Oil World estimou que a safra brasileira de soja de 2013 crescerá expressivamente, para 82 milhões de toneladas, contra 66,400 milhões no início de 2012. Os números da consultoria estão em linha com previsões de especialistas no Brasil.
A safra 2013 da Argentina deve subir para 56 milhões de toneladas, ante 40,50 milhões de toneladas, disse.
Fonte: Reuters
◄ Leia outras notícias