Publicado em: 05/03/2025 às 11:40hs
A colheita da safra recorde de soja no Brasil avança a todo vapor, mas os desafios logísticos se intensificam. A escassez de caminhões, que vai do Paraná ao Tocantins, tem levado os custos de transporte a níveis históricos, conforme observação de Marcos Rubin, CEO e fundador da Veeries. O aumento nos fretes rodoviários representa um obstáculo significativo para o escoamento da produção, refletindo o colapso do sistema logístico.
Os aumentos registrados são expressivos e, à primeira vista, podem parecer imprecisos. No entanto, eles refletem a realidade de um mercado em que a demanda por transporte supera a oferta, gerando inflação nos preços e dificultando a fluidez da safra. Esse cenário é preocupante para produtores, tradings e toda a cadeia de comercialização, que se veem forçados a enfrentar custos mais altos em um momento de margens financeiras pressionadas.
Com a infraestrutura operando no limite, a grande dúvida é até quando essa pressão sobre os fretes continuará. A manutenção desses custos elevados poderá afetar a competitividade do agronegócio brasileiro no mercado internacional, tornando a soja nacional menos atrativa em comparação com os concorrentes. Além disso, o aumento no preço do transporte impacta diretamente a rentabilidade dos produtores, que já lidam com oscilações cambiais e variações nas cotações das commodities.
Diante desse cenário desafiador, os agentes do setor buscam alternativas para mitigar os impactos dessa crise logística. O investimento em opções como o transporte ferroviário e hidroviário pode ser um caminho para reduzir a dependência do modal rodoviário. Contudo, essas soluções exigem planejamento estratégico a longo prazo, enquanto os desafios do escoamento da safra atual demandam respostas urgentes.
Fonte: Portal do Agronegócio
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