Publicado em: 02/02/2012 às 11:50hs
Pelo quinto ano consecutivo, a Aprosoja em parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) trabalham na análise das qualidades intrínsecas e nutricionais presentes nos grãos de soja produzidos no estado. Nesta safra 2011/12, a entidade solicita o apoio dos produtores para o envio das amostras para a análise do laboratório da universidade.
De acordo com a coordenadora da pesquisa, Maria Aparecida Braga Caneppele, é fundamental a diversificação das amostras para que o estudo possa mapear por completo a produção de soja de Mato Grosso. “Este ano solicitamos à Aprosoja o envio de amostras de cultivares de ciclo precoce, médio e tardio, de diversas regiões e municípios produtores”, explicou a professora.
O projeto “Classificação de Grãos” busca levantar informações para diferenciar o grão produzido nas diferentes regiões do estado, auxiliando os produtores a conhecer melhor o seu produto. “As pesquisas norteiam o caminho em que o produtor precisa seguir, dando condições e mostrando onde pode ter melhoria, além de poder ser um diferencial na hora da comercialização. Acreditamos que no futuro poderemos oferecer ao mercado um produto customizado, indicando onde está a soja com maior valor protéico ou de extração de óleo”, destaca Cid Sanches, gerente de planejamento da Aprosoja.
No ano passado, o projeto apresentou os dados obtidos com as pesquisas até a safra 2010/11. E segundo as análises, a qualidade da soja de Mato Grosso supera a dos grãos produzidos nos Estados Unidos. Na composição do grão mato-grossense o índice de proteína varia de 39% a 42% e de óleo entre 17% a 23%. Já em campos americanos o máximo da qualidade da soja, que são os elementos que compõem os grãos, é de 37% de proteína e 20% de óleo. “O máximo deles [Estados Unidos] é o mínimo nosso”, avaliou a coordenadora Maria Aparecida. “Conseguimos constatar que o grão da soja plantada em Mato Grosso é excelente e atende as exigências das indústrias”, complementa a professora.
A coordenadora explica que os resultados são influenciados pelas condições climáticas e pelo tipo da amostra, além da maneira com que é realizada a coleta. “Os desafios para os trabalhos deste ano são uniformizar o envio das amostras, aperfeiçoar a obtenção dos dados climáticos, aprimora a metodologia, entre outros. Cada safra apresenta uma característica e nosso objetivo final é ter um estudo aprofundado e completo da qualidade da soja produzida em Mato Grosso”, afirmou Maria Aparecida.
Os produtores que tiverem o interesse em participar, enviando amostras para análise devem procurar a Aprosoja para mais informações.
Fonte: Assessoria de Comunicação Aprosoja
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