A avaliação cautelosa foi feita pelo presidente do Sindicato Rural de Sinop, Leonildo Bares, que destacou principalmente a falta de chuvas no período. "Está chovendo menos do que os últimos 20 anos. Provavelmente não teremos recorde de produtividade mas ainda é muito cedo para afirmar, temos que ver no decorrer do processo, mas já não é uma safra que podemos bater no peito e dizer que é recorde", explicou.

Outro fator que preocupa o produtor é a presença da lagarta nas áreas de cultivo. "Estou na terceira aplicação, indo para a quarta, com um custo de US$ 15 por hectare a cada aplicação e não consigo matar o bicho. Ou seja, já estou com uma lavoura de alto custo e não sei como terminará", reforçou.

O mais recente levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) aponta que 83% da área sinopense estimada em 118,8 mil hectares já recebeu o plantio. No entanto, há propriedades que precisarão fazer o replantio da cultura pois as chuvas acabaram não contribuindo para os sojicultores que plantaram antecipadamente. A situação, conforme Só Notícias/Agronotícias informaram, se repete em outros municípios mato-grossense.

No Estado, o levantamento do Imea aponta que o plantio da soja avançou 62,5% da área estimada em pouco mais de 7,8 milhões, no entanto, está 12,9 pontos percentuais atrás do plantado no mesmo período do ano anterior. A expectativa do setor, destacada no lançamento da safra de soja 2012/13 (em setembro), é que a produção atinja aproximadamente 24 milhões de toneladas.