Pragas e Doenças

Registrados primeiros focos de doenças fúngicas no Planalto Médio do RS

Aparecimentos destas doenças varia conforme a planta e o manejo das áreas


Publicado em: 03/08/2012 às 15:50hs

Registrados primeiros focos de doenças fúngicas no Planalto Médio do RS

As lavouras de inverno, em especial o trigo, estão com altos potenciais de produção, pois a implantação desta safra registra altos índices de qualidade, acima da média normal dos últimos anos. No momento da semeadura o solo estava enxuto e as chuvas de maior intensidade não ocorreram neste período, fazendo com que prejudicasses a fase inicial da cultura.

As chuvas constantes sobre grande parte das áreas produtoras de trigo da região estão mantendo os solos com bons níveis de umidade, o que vem proporcionado excelentes condições ao desenvolvimento das lavouras.

Porém, nos últimos dias as temperaturas vêm oscilando. As baixas temperaturas registradas até então ajudando no perfilhamento das plantas, no entanto os termômetros registram um intenso calor, com forte incidência de sol, contribuíndo na proliferação de doenças.
“Estamos em uma fase crítica para a aplicação de fungicidas nas lavouras de trigo, a alta incidência de umidade no solo durante alguns períodos e registros de altas temperaturas no mesmo dia, propiciou uma maior intensidade de ocorrência de doenças fúngicas”, destaca o engenheiro Agrônomo da Emater Regional de Passo Fundo, Cláudio Dóro.

Segundo ele, entre elas, destacam-se as doenças foliares, devido ao estágio vegetativo que o trigo se encontra, o perfilhamento, com ocorrências principalmente de três principais grupos de doenças, as manchas foliares, o oídeo e a ferrugem da folha.

A ferrugem é uma doença destrutiva que reduz a qualidade e o rendimento dos grãos, e as condições climáticas atuais são extremamente favoráveis à propagação do inóculo inicial de ferrugem da folha e de manchas foliares.
 
O engenheiro Agrônomo Leandro Pagliarini explica que o aparecimentos destas doenças varia de cultivar para cultivar. “Varia muito conforme a planta e a forma de manejo das áreas. Alguns cultivares são mais suscetíveis a ferrugem, outros às manchas”, relata.

As cultivares que não são resistentes a estas doenças devem ser constantemente monitoradas para saber a hora certa de aplicar o fungicida para um controle eficiente da doença. “O agricultor precisa ficar atento e monitorar a lavoura, no mínimo duas vezes por semana, percorrendo a lavoura, se agachando e olhando em baixo das plantas porque as doenças estão se propagando nas lavouras da região”, orienta Dóro.

Uma vez a doença está estabelecida em grande quantidade na lavoura, se torna difícil o controle e, a cada dia que passa, acarreta mais perdas na produtividade e no rendimento da cultura. Este controle torna-se de fundamental importância econômica para a cultura, pois já foi provado através de pesquisas que a alta incidência de doenças na cultura sem o devido controle das mesmas, causa redução na produtividade e conseqüente perda de rendimento. É através da adoção de alta tecnologia para o trigo que o produtor poderá aumentar as chances de atingir o máximo de eficiência econômica de sua lavoura.
 
Sendo recomendações dos especialistas, o controle é feito através de fungicidas, sendo que o principal controle cultural se realiza através da rotação de culturas e no tratamento da semente.

“Uma vez tratada à semente, nesta fase atual da cultura o controle é realizado através de compostos químicos. O tratamento de semente e da parte aérea com fungicidas têm se mostrado eficiente no controle das manchas foliares por exemplo”, explica o agrônomo Pagliarini.

Segundo Dóro, o mercado possui bons produtos a base de propiconazole que fazem um controle satisfatório. “Temos bons produtos no mercado e produtos de baixo custo para fazer um controle bem eficiente. Com meio litro por hectare se faz um controle efetivo muito bom”, recomenda Dóro.

Fonte: Diário da Manhã - Passo Fundo

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