Pragas e Doenças

Mapa Confirma Novo Foco de Monilíase do Cacaueiro no Amazonas e Implementa Medidas de Contenção

Doença afeta plantas hospedeiras do fungo, sem riscos para a saúde humana


Publicado em: 19/07/2024 às 11:05hs

Mapa Confirma Novo Foco de Monilíase do Cacaueiro no Amazonas e Implementa Medidas de Contenção

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou, no dia 2 de julho, um novo foco de monilíase do cacaueiro (Moniliophthora roreri) no município de Urucurituba, Amazonas. A suspeita foi identificada em 24 de junho durante ações de vigilância fitossanitária realizadas pela Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) e confirmada por análise laboratorial no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Goiânia (LFDA/GO).

Medidas de Contenção e Erradicação

Antes da confirmação oficial, medidas emergenciais foram adotadas em conjunto com autoridades locais. “Procedemos com a interdição imediata da propriedade afetada para evitar a propagação da praga, implementamos técnicas de erradicação e proibimos o trânsito de frutos e amêndoas do município afetado para outras regiões”, relatou Edilene Cambraia, diretora do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas da SDA.

Para evitar a dispersão da praga para áreas não afetadas, aumentaram as fiscalizações do trânsito de materiais vegetais hospedeiros da monilíase. “Intensificamos a fiscalização sobre o trânsito de vegetais e iniciamos campanhas de conscientização e treinamento em Urucurituba e em 10 municípios vizinhos entre Itacoatiara e Parintins, na divisa com o Pará, maior produtor de cacau do país”, acrescentou Edilene.

Declaração de Emergência Fitossanitária

Outra ação do Mapa foi a prorrogação da declaração de emergência fitossanitária para os estados do Acre, Rondônia e Amazonas, com a inclusão do Pará, devido ao aumento do risco fitossanitário. Além disso, foi solicitado ao governo do Amazonas a restrição na emissão de notas fiscais interestaduais de amêndoas de cacau provenientes do estado.

A monilíase afeta plantas do gênero Theobroma, como cacau (Theobroma cacao L.) e cupuaçu (Theobroma grandiflorum), causando perdas na produção e aumento nos custos devido às medidas adicionais de manejo e aplicação de fungicidas. O Mapa destaca a importância da notificação imediata de quaisquer suspeitas da praga às autoridades fitossanitárias locais para evitar maiores danos.

Histórico da Monilíase no Brasil

O primeiro foco da monilíase no Brasil foi detectado em julho de 2021, em uma área residencial urbana no município de Cruzeiro do Sul, Acre. Em novembro de 2022, outro foco foi identificado em Tabatinga, Amazonas, em comunidades rurais ribeirinhas. Ambos os estados permanecem sob ações contínuas de controle para erradicação da praga.

A monilíase também está presente em países da América do Sul como Equador, Colômbia, Venezuela, Bolívia e Peru.

Fonte: Portal do Agronegócio

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