Publicado em: 29/05/2013 às 14:40hs
Um dos maiores produtores de milho da região de Santo Ângelo (RS), com uma área plantada de 200 hectares, Dezen sofre há anos por conta da ação da praga. “No início, percebemos que as plantas estavam tombando e, só mais tarde, descobrimos que se tratava de uma larva que come a raiz”, relata. Com perda de produtividade de cerca de 10% por safra, mesmo com o uso de tratamento de sementes, o agricultor espera que novas alternativas possam ajudar a resolver o problema. “Acho que uma biotecnologia seria mais eficiente para o controle e o manejo no campo”, opina.
Assim como Dezen, muitos produtores ainda desconhecem os efeitos da Diabrotica, também chamada de larva-alfinete e que causa prejuízos a diversas culturas, como o milho, a soja e a cana-de-açúcar. Segundo o gerente de Produtos de Biotecnologia de Milho da Monsanto, Alexandre Chaves, isso ocorre porque a praga ataca a raiz da planta, de modo que os danos não sejam percebidos facilmente. “A Diabrotica ganhou importância na região Sul nos últimos anos. Ela rouba a produtividade de forma silenciosa e o agricultor só enxerga o problema em casos de ataques extremos”, explica.
Ainda de acordo com Chaves, os prejuízos causados às lavouras podem variar dependendo do clima, região e época do ano. No entanto, em situações de escassez de chuva o dano pode ser pior, já que a raiz terá ainda mais dificuldade para absorver água e nutrientes. “Dados de pesquisadores mostram que a perda de produtividade pode chegar a 20% na cultura do milho”, ressalta.
Praga silenciosa
O ataque da Diabrotica começa quando uma fêmea da espécie põe centenas de ovos perto do pé da planta, dando origem a larvas que se alimentam da raiz de gramíneas, como o milho, o trigo e a cana-de-açúcar. Já na fase adulta, o inseto ataca principalmente as leguminosas, como a soja e o feijão. “É justamente pela raiz que a planta absorve água e nutrientes. Ao atingir essa parte, a praga afeta diretamente a produtividade” afirma Chaves.
Por atacar a parte subterrânea da planta, métodos tradicionais de manejo como o uso de inseticidas químicos não demonstram eficiência contra a Diabrotica. “Muitos agricultores se equivocam ao pensar que o tratamento das sementes com inseticida, no momento do plantio, ajuda a controlar a praga. A verdade é que quando a larva atinge a raiz, o produto já não está mais fazendo efeito”, explica Thiago Bortoli, gerente de Biotecnologia em Milho da Monsanto. Apesar de ser uma prática pouco utilizada no Brasil, a prevenção ao problema pode ser feita por meio da inserção de defensivos agrícolas no interior da terra – o que nem sempre é garantia de sucesso, alerta o gerente. “É um processo caro e que demanda equipamentos específicos para a aplicação do inseticida dentro do solo, além de não ser tão eficiente, pois a praga nem sempre aparece no momento esperado”, ressalta.
Solução à vista
De acordo com Bortoli, o produtor de milho está cada vez mais preocupado com a Diabrotica e busca uma solução efetiva para o problema. “Com a entrada da biotecnologia, que trouxe a solução para as principais lagartas, muitas pragas que eram consideradas secundárias tornaram-se prioritárias para a obtenção de altos níveis de produtividade”, afirma.
Segundo o gerente, a Monsanto já possui uma tecnologia aprovada no Brasil para o controle da Diabrotica, que em breve estará disponível para produtores. “Com esse lançamento, o agricultor irá proteger sua lavoura e assegurar níveis de produtividade cada vez maiores”, finaliza Bortoli.
Fonte: Monsanto em Campo
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