Pragas e Doenças

Iscas para controle de broca na bananicultura

Feitas do próprio pseudocaule, elas atraem os besouros que devem ser capturados e queimados pelos produtores


Publicado em: 24/07/2012 às 07:50hs

Iscas para controle de broca na bananicultura

Algumas doenças como a sigatoka-negra, ou pragas, como a broca do rizoma, podem atacar a bananicultura e provocar até 100% de perda no Estado do Acre se não forem controladas. No entanto, para tomar as medidas de controle necessárias, é preciso que, antes de tudo, o agricultor esteja atento à sua cultura, fazendo visitas regulares e adotando todas as práticas de manejo que ela demanda como podas, por exemplo. Segundo Maria de Jesus Cavalcante, fitopatologista da Embrapa Acre, a broca do rizoma é a principal praga do Estado e é mais conhecida como moleque da bananeira.

Para identificar o ataque, o produtor deve visitar o bananal e cortar o pseudocaule da bananeira. Nesse momento, ele identifica as larvas que ficam no interior desse pseudocaule e nas raízes. Já como medida de controle, ele pode usar iscas feitas do próprio pseudocaule — afirma a fitopatologista.

Como medida de prevenção, Maria diz que o agricultor deve sempre utilizar mudas sadias. Maria explica que sempre que o produtor comprar alguma muda ou ainda pegar do vizinho, ele deve verificar se ela está sadia ou, caso não verifique, fazer um controle preventivo utilizando água sanitária.

Ele deve cortar o pseudocaule, escolher uma caixa d’água, colocar água sanitária dentro e fazer a imersão dessas mudas. No caso de rizoma, ele os coloca dentro da caixa d’água e deixa entre 10 e 15 minutos, depois ele pode levar para o campo — explica ela.

Uma vez que a praga já está presente na cultura, o produtor pode contar apenas com as iscas feitas a partir da própria banana, como afirma a fitopatologista. Ela conta que, como a praga fica no solo, no rizoma, é difícil utilizar algum produto químico. Portanto, o agricultor deve fazer as iscas tipo telha ou tipo queijo e as colocar nas entrelinhas do bananal.

A cada semana, ele deve retirar essas iscas cheias de besouros, que devem ser colocados dentro de latas e queimados — orienta.

Doença

Já a principal doença da bananicultura é a sigatoka-negra, causada por um fungo que ataca as folhas da bananeira. Essa doença é fácil de ser identificada porque ataca as folhas, deixando-as negras, como o próprio nome já diz.

Ela é causada por um fungo que é disseminado pelo vento, o que faz com que a doença seja difícil de barrar. Portanto, a única alternativa é procurar variedades resistentes, o que é mais econômico para o produtor e para o meio ambiente — fala Maria.

Quando a sigatoka-negra ataca a plantação, o produtor pode recorrer a tratamentos químicos, segundo a fitopatologista. No entanto, ela diz não ser recomendado, pois, para controlar a doença, são necessárias 52 pulverizações ao ano, ou seja, uma pulverização a cada semana.

Isso é uma contaminação para o ambiente e também para a pessoa que está aplicando —  ressalta Maria.

Ainda segundo a fitopatologista, esses problemas podem provocar até 100% de perda do bananal se as medidas de controle necessárias não forem tomadas. Para evitar que isso ocorra, os produtores devem visitar o bananal regularmente.

Para mais informações, basta entrar em contato com a Embrapa Acre através do número (68) 3212-3200.

Fonte: Kamila Pitombeira/Portal Dia de Campo

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