Publicado em: 04/07/2012 às 14:50hs
O grau de infestação por greening nos pomares de laranja na região de Londrina já alcançou a marca de 1,5%. A média, de acordo com dados fornecidos pela Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), é 0,5% superior se comparado ao índice registrado em todo o Paraná. José Croce, engenheiro agrônomo do departamento de fiscalização da entidade, explica que o limite máximo tolerável de grau de infestação é de 1%. O especialista aponta que a ação de detecção e o controle tardio da doença na região foram os principais motivos para que a área registrasse um índice de incidência com greening acima do permitido.
"Faltou uma verificação precoce dos pomares para averiguar a presença do greening. Para isso, seria necessário uma atenção especial dos produtores em relação aos pomares", salienta Croce. O especialista destaca que quando é encontrado foco da doença, se não houver um controle imediato, ou seja, a erradicação do pé, o greening cresce vertiginosamente. Croce observa que também houve na região de Londrina uma demora na comprovação da incidência da doença. E ainda acrescenta que a ação de controle da doença não compete só aos produtores, mas também aos órgãos de fiscalização sanitária, que também devem participar no processo de monitoramento.
O especialista ressalta que não é para o produtor ficar alarmado, já que ainda dá para salvar a produção dos pomares da região. "Porém, vale salientar que estamos com a luz amarela acesa", observa.
Produtores
Otacílio Campiolo, produtor da região de Rolândia, já eliminou do começo de 2011 até agora cerca de 150 árvores contaminadas com greening. Ao todo, o citricultor possui mais de cinco mil pés de laranja. "Venho realizando sucessivos tratamentos químicos e tenho extraído as árvores doentes para não propagar ainda mais a doença." Mesmo com esses prejuízos, Campiolo espera produzir neste ano 11 mil caixas de laranja de 40,8 quilos, 3 mil caixas a mais do que na safra passada. "A prevenção está me dando resultados", completa o produtor.
Marco Valério Ribeiro, produtor e consultor em citricultura na região de Paranavaí, explica que a receita para uma produção com boa sanidade é escolher uma muda com alta qualidade genética e a realização de um manejo adequado. O especialista acrescenta que a adoção do sistema de plantio adensado também pode rezuzir a velocidade de infestação do greening, já que o vento é um dos principais disseminadores da doença. "Em muitas localidades na região de Londrina o greening ganhou maior abrangência pela falta de controle no início da infestação", assinala.
Fonte: Folha Web
◄ Leia outras notícias