Publicado em: 16/09/2013 às 15:10hs
Colômbia e México, dois grandes produtores da região, não devem sofrer perdas significativas para a doença, capaz de destruir lavouras inteiras se não for devidamente controlada por pulverização, fazendo com que os frutos verdes caiam das árvores.
"A nossa produção deve ficar parecida com a do ano passado, cerca de 10 milhões de sacas, sem muitas perdas por conta da ferrugem", disse Juan Esteban Orduz, presidentes da Federação Colombiana de Café, durante uma conferência no Brasil.
Ele disse que a produção de arábica lavado da Colômbia, importante fornecedor para norte-americanos, deve crescer de forma constante ao longo dos próximos anos, à medida que novas variedades de plantas resistentes à ferrugem atingem idade produtiva.
O produtor andino tem lutado para voltar às suas safras anuais típicas de 10 milhões ou 11 milhões de sacas, com um agressivo programa de substituição de árvore com variedades mais resistentes à ferrugem.
"A assistência técnica do governo para as nossas 563 mil fazendas de café tem limitado o impacto da roya (ferrugem)", explicou, acrescentando que o maior desafio para os produtores foi a queda do preço do café.
Os preços do café de referência caíram 30 por cento em relação ao ano passado. Orduz lembrou que os produtores ganharam metade do que eles fizeram com café em 2011, quando os preços baleado brevemente acima de 3 dólares por quilo
Cristobal Pozos, representante mexicano na conferência da OIC em Minas Gerais, maior estado produtor de café do Brasil, também disse que ferrugem teria pouco impacto sobre a produção do país na temporada, prevista em 6 milhões de sacas.
Outros produtores menores, no entanto, não foram tão afortunados.
A vice-ministra da Agricultura da Costa Rica, Xinia Chaves Quiros, estima que o potencial de 1,87 milhão de sacas será reduzido em 200 mil a 400 mil de sacas, em função da ferrugem. O pequeno país da América Central produz algumas das variedades mais caras do arábica na América Central.
Fonte: Reuters
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