Durante os dias 28 e 29, próximo passado um grupo de pesquisadores de diversas instituições de pesquisa do Brasil, a convite da empresa Ihara, reuniram em Sorocaba interior de São Paulo para discutirem sobre a doença Mofo branco, doença esta que a cada ano avança sobre as lavouras de soja, ocasionando perdas em alguns talhões devido à presença dos escleródios que são as estruturas reprodutoras do fungo Sclerotinia sclerotiorum.

O diretor e pesquisador da Fundação Chapadão, Edson Borges, afirma que foi uma das reuniões mais esclarecedora sobre a doença que tenha participado nos últimos anos, isto porque, tínhamos como princípio que as estruturas reprodutivas do mofo, os escleródios, ficavam no solo por 12 anos, e nesta reunião o colega e pesquisador da Universidade de Passo Fundo Dr. Elei de Melo Reis, disse que sob as condições de ambiente e solo do Rio Grande do Sul, precisamente na região de Passo Fundo, estas estruturas sobrevivem por até 3 anos, algo muito inferior o que tínhamos conhecimento.

Esta é uma informação fantástica, pois nos ajudará em muito na elaboração de manejo desta doença em nossas lavouras, afirma Borges. Por outro lado informação não tão boa foi repassada ao grupo, pois tínhamos que esta doença só ocorria em regiões superiores a 600 m de altitude, todavia tiveram relatos que em regiões com 360 m fora detectada ocorrência de mofo branco.

A ideia básica deste grupo é reunirem pesquisadores das principais instituições de pesquisa, para discutirem novos rumos e caminhos para o manejo e controle desta doença. Para o presidente de Fundação Chapadão Adriano Loeff, a participação de nosso pesquisador, é de fundamental importância pois coloca nossa pesquisa na vanguarda dos resultados para o controle e manejo de doenças que causa danos na cultura da soja, só para terem uma ideia nesta safra nossos pesquisadores tinham cerca de 20 trabalhos à campo somente visando o manejo e controle desta doença para a cultura da soja, feijão, algodão e girassol.