Pragas e Doenças

Ferrugem não dá trégua

A ferrugem asiática da soja não tem dado trégua ao mato-grossense. O registro de focos da doença fúngica ? que reduz a produtividade e aumenta o custo da lavoura ? somava até o final da tarde de sábado (14.01) 34 focos que estão presentes nas principais regiões produtoras. No entanto, até o final da manhã, eram 28 casos, seis foram acrescentados no decorrer do dia


Publicado em: 16/01/2012 às 17:00hs

Ferrugem não dá trégua

Com a expansão da doença, Mato Grosso mantém-se como o estado com o maior volume de confirmações e concentra 56% dos 60 existentes no Brasil. Na tarde de ontem, além de Mato Grosso (34), Distrito Federal (1), Goiás (8), Minas Gerais (1), Paraná (11) e Rondônia (4), foi incorporado o Rio Grande do Sul (1).

Em Mato Grosso, Lucas do Rio Verde (360 quilômetros ao norte de Cuiabá) e Campo Verde (139 quilômetros ao sul de Cuiabá) lideram o ‘ranking’ local com seis registros cada. Em seguida está Tapurah (433 quilômetros ao norte de Cuiabá) e Primavera do Leste (239 quilômetros ao sul de Cuiabá) com cinco focos cada.

A ferrugem está confirmada também em Campos de Júlio (1), Sapezal (1), Sorriso (2), Sinop (2), Querência (2), Santo Antônio de Leverger (1), Poxoréu (2) e Itiquira (1). A maior parte da incidência foi detectada em lavouras em “estádio” final, desenvolvimento do grão (R5).

O primeiro foco confirmado na virada do ano ocorreu cerca de 20 dias antes do que foi na safra passado e encontrado em uma lavoura comercial de Sinop (503 quilômetros ao norte de Cuiabá).

Na última quinta-feira, a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) emitiu um alerta aos produtores chamando à atenção para o aumento diário de casos da ferrugem asiática nas lavouras estaduais.

De acordo com o gerente técnico da Aprosoja, Nery Ribas, diante do aumento do número de focos da ferrugem asiática, o produtor precisa estar atento ao combate e prevenção em meio às chuvas neste período de início da colheita. “A palavra-chave nesse momento é monitoramento. O produtor precisa fazer um monitoramento efetivo, com acompanhamento diário da lavoura para evitar maiores prejuízos.”

Para o vice-presidente da Aprosoja/MT na região oeste, Alex Utida, a aplicação incorreta do fungicida está diretamente ligada à proliferação da ferrugem nas lavouras mato-grossenses. “É preciso ter cuidado. O produtor tem de fazer as aplicações corretamente e tomar todas as precauções para evitar que essa doença se espalhe ainda mais”.

Ainda de acordo com Utida, produtores que economizaram na aplicação do defensivo estão registrando prejuízos na produtividade do grão. “Já temos registrado algumas perdas em relação à produtividade na colheita. Se compararmos áreas em que o produtor economizou na aplicação com locais onde a aplicação foi feita corretamente temos dados que apontam queda de aproximadamente 15 a 20 sacas por hectare.

Fonte: Diário de Cuiabá

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