Pragas e Doenças

Ferrugem asiática ronda lavouras em Mato Grosso

Produtores rurais mato-grossenses estão em estado de alerta em relação à ferrugem asiática, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, que na última safra de soja pode ter reduzido a produção do estado em até 700 mil toneladas


Publicado em: 20/07/2012 às 10:20hs

Ferrugem asiática ronda lavouras em Mato Grosso

O período de vazio sanitário completou um mês e vai até o dia 15 de setembro, quando se iniciam as atividades de plantio da nova safra. A Aprosoja alerta os produtores rurais que é preciso eliminar a soja guaxa, aquela que nasce espontaneamente na entressafra, principalmente nas margens das rodovias. “O clima úmido propicia a sobrevivência da planta e, assim, cria a chamada “ponte verde”, que pode levar a doença para a soja que será plantada na próxima safra”, explica o gerente institucional da Aprosoja, Nery Ribas.

O coordenador da Comissão de Defesa Sanitária Vegetal do Ministério da Agricultura em Mato Grosso, Wanderlei Dias Guerra, está percorrendo o estado e verificou que há esporos do fungo em plantas guaxas nas regiões norte e sul, especialmente entre Rosário Oeste e Sinop e, também, em Jaciara, Dom Aquino e Campo Verde. “Já em Rondonópolis e mais ao sul a situação está mais tranquila”, explicou.

A previsão do coordenador do Mapa é pessimista se nada for feito para eliminar a soja guaxa e frear a proliferação dos esporos da ferrugem asiática. “Com a previsão de chuva para o final de agosto e em setembro, vamos voltar à situação crítica que vivenciamos no ano de 2005”, alertou Guerra.

O vazio sanitário foi adotado em 2006 em 12 estados brasileiros, incluindo Mato Grosso. Também realizam o vazio sanitário os estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Tocantins, São Paulo, Minas Gerais, Distrito Federal, Paraná, Bahia, Rondônia, Maranhão e Pará. O período proibitivo do plantio da soja vai até o dia 15 de setembro. O Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea) está fiscalizando as propriedades rurais, notificando e multando os proprietários que não eliminarem a soja guaxa.

Fonte: Globo Rural

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