Pragas e Doenças

Embrapa Rondônia pesquisa estratégias para controle da broca-do-cupuaçu

A geração de estratégias para controle da broca-do-cupuaçu, um dos principais problemas que afetam a cultura, principalmente nos estados de Rondônia e Amazonas, é o objetivo de um novo projeto da Embrapa Rondônia


Publicado em: 06/11/2012 às 16:20hs

Embrapa Rondônia pesquisa estratégias para controle da broca-do-cupuaçu

"Entre as frutas nativas da Amazônia, o cupuaçu vem ganhando mercado e interesse dos produtores em ampliar as áreas cultivadas. A broca inviabiliza o cultivo da cultura, devido ao alto percentual de ataque, que pode chegar a 100% dos frutos atacados durante a safra”, diz o pesquisador e líder do projeto, José Nilton Costa.

Esta semana, entre os dias 6 e 8, o “Treinamento metodológico em flutuação populacional de broca-do-cupuaçu e levantamento de inimigos naturais”, na Estação Experimental da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira de Rondônia (Ceplac), em Ouro Preto do Oeste, vai capacitar responsáveis e auxiliares (técnicos e laboratoristas) por atividades no projeto, com a finalidade de padronizar a realização dos trabalhos.

“Esse procedimento permitirá, no futuro, que se façam comparações mais seguras entre os resultados obtidos nos diferentes locais onde serão feitos os estudos”, explica José Nilton. Além de Rondônia, as atividades serão conduzidas no Acre, Amazonas e Pará.

Incidência


Nos últimos 15 anos, tem-se verificado um aumento na incidência da broca-do-cupuaçu. “No Pará, onde até pouco tempo atrás não havia conhecimento sobre a ocorrência da praga, já foi registrada a presença dela numa área bastante extensa, delimitada entre os municípios de Rurópolis e Santarém, com ocorrência também em Aveiro, Belterra, Moji dos Campos e Placas”, informa o pesquisador da Ceplac e parceiro do projeto, Olzeno Trevisan.

Controle

O pesquisador da Embrapa Rondônia destaca que o controle da praga é difícil porque o ovo e a larva ficam dentro do fruto. A larva, por sua vez, sai do fruto para empupar no solo - numa profundidade entre cinco e dez centímetros - de onde emerge o inseto adulto, que não é facilmente visto na lavoura durante o dia, e refugia-se na terra ao sentir alguma agitação na planta em que esteja abrigado, como a pulverização de inseticidas.

Como não há técnica eficaz de controle para a praga, há perspectivas positivas em relação aos resultados das pesquisas propostas no projeto, quanto à geração de conhecimentos biológicos e estratégias para o controle da broca-do-cupuaçu. “A finalidade é atender à crescente demanda pela produção lucrativa de cupuaçu e de boas práticas agrícolas, como o manejo integrado de pragas”, conclui José Nilton.

O projeto conta com a participação da Embrapa Amazônia Ocidental (Manaus), Embrapa Acre, Embrapa Amazônia Oriental (Pará), Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Brasília), além da Universidade Federal do Amazonas e Ceplac-RO.

Fonte: Embrapa Rondônia

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