Publicado em: 19/09/2012 às 17:40hs
Moniliophthora perniciosa, esse é o nome do fungo causador da temida vassoura-de-bruxa. A doença que se tornou conhecida pela devastação que causou nos cacauais da Bahia na década de 1990. Originária da região Amazônica, a praga, porém, não limita-se ao cacau e ataca outras plantas também. Dentre elas, o cupuaçu, chegando a ser a principal doença da cultura e comprometer até 60% da produção das lavouras regionais.
A erradicação do fungo ainda não é uma alternativa viável, o que torna a convivência a principal forma de controle. Desloca-se, então, o foco da primeira frente de batalha para os campos de produção. Através de boas práticas de cultivo em conformidade com os requisitos da agricultura sustentável, o produtor, no âmbito de sua propriedade, pode atuar de forma a minimizar o impacto da vassoura-de-bruxa que vão repercutir em toda a região produtora.
De acordo com a pesquisadora da Embrapa Amazônia Ocidental Maria Geralda de Souza, outra estratégia de combate à doença está nas pesquisa, com o desenvolvimento de cultivares resistentes. Essa busca de fonte de resistência é um esforço contínuo para avaliações de exemplares diversos de cupuaçuzeiros no Banco Ativo de germoplasma (BAG) da Embrapa, para apoiar o programa de melhoramento genético do cupuaçuzeiro, que é desenvolvido na Amazônia, por meio de projeto em rede, integrando as competências de Unidades da Embrapa na região Norte e de parceiros.
Como resultado desse trabalho de melhoramento, entre as tecnologias recentes para o controle da vassoura de bruxa destaca-se a cultivar BRS Carimbó, lançada este ano pela Embrapa Amazônia Oriental e que é resistente à doença. Maria Geralda informa ainda que há mais cinco novas cultivares prestes a serem lançadas que também atestam resistência (ouça a íntegra da entrevista e entenda todos os detalhes).
Fonte: Marcelo Pimentel/Portal Dia de Campo
◄ Leia outras notícias